Dados mostram que os líderes podem influenciar em até 70% o engajamento dos funcionários de uma organização.
Os líderes são capazes de influenciar em até 70% o engajamento dos funcionários, segundo pesquisa conduzida pela Gallup. Eles também podem ser o principal motivo para o pedido de demissão, conforme 50% dos entrevistados que participaram do estudo. Os dados evidenciam os reflexos, bons ou ruins, das lideranças nas organizações.
Liderar um setor ou uma empresa é desafiador, e isso tem sido percebido por parte dos profissionais que conquistam a posição. A pesquisa “Panorama de Sentimento das Lideranças”, realizada pela escola corporativa Sputnik, revelou que 34,4% das lideranças sentem insegurança no momento de conduzir, desenvolver e engajar a equipe.
Para mudar o cenário e adquirir mais segurança, algumas práticas são recomendadas. A primeira delas é a obtenção de conhecimento. A formação em administração de empresas, a realização de especializações na área de atuação e a atualização constante - por meio da participação em cursos, congressos e eventos - são ações que contribuem para uma liderança ativa e competente.
Além do conhecimento, também são esperados comportamentos para uma boa gestão de pessoas. Qualidades como comunicação, gestão do tempo, relação interpessoal, empatia, segurança e capacidade resolutiva são as mais exigidas para os profissionais que ocupam cargos de liderança. As características podem ser perceptíveis em um teste vocacional profissional.
As lideranças também precisam estar preparadas para lidar com equipes multigeracionais, compostas por pessoas das mais variadas idades. Entretanto, de acordo com o levantamento da Sputnik, 8 em cada 10 líderes têm dificuldades em comandar esse tipo de time.
Má gestão é a principal causa de infelicidade no trabalho
A má gestão pode gerar uma série de impactos negativos para as empresas. O primeiro, citado na pesquisa feita pela Sputnik, é a redução na produtividade. Empresas com dificuldades na liderança podem perceber uma falta de engajamento dos funcionários e, consequentemente, uma redução na qualidade dos resultados.
Também podem ocorrer consequências na relação entre empresa e funcionário. Estudo realizado pelo Woohoo Inc. revelou que a causa primordial de infelicidade no trabalho, relatada por mais de 40% dos mais de 700 colaboradores entrevistados na pesquisa, está relacionada a uma liderança ruim.
Dessa forma, a empresa pode enfrentar dificuldades para reter, e também, atrair profissionais. De acordo com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), a cultura organizacional influencia a atração e retenção de talentos. A postura dos líderes contribui diretamente para o tipo de cultura que é consolidado na organização.
O índice de Bem-Estar Corporativo (IBC), realizado pela plataforma Zenklub, mostra o indicador de bem-estar do trabalhador brasileiro. Em 2023, o número foi de 65,4 pontos, abaixo dos 78 pontos, considerada a pontuação mínima aceitável.
Bons líderes contribuem para o bem-estar e o sucesso da empresa
Se por um lado a má gestão traz impactos negativos para o negócio, por outro, o desenvolvimento de uma liderança empática, sincera e transparente pode auxiliar nos bons resultados da empresa. Nesse sentido, a preocupação com o bem-estar da equipe no ambiente de trabalho merece atenção.
Adotar medidas que valorizem a saúde física e mental é uma alternativa que as lideranças empresariais devem incluir na agenda. Benefícios que incentivam a prática de exercícios, oferta de planos de saúde e odontológico, descontos em terapia são algumas opções. Além disso, o diálogo acessível e o bom clima organizacional devem ser priorizados.
Dados da pesquisa Empathy in Business Survey, realizada pela empresa de consultoria EY, dos Estados Unidos, mostrou que 89% dos funcionários concordam que a empatia leva a uma liderança melhor e 85% relatam que a liderança empática aumenta a produtividade dos funcionários.
Outro relatório, desenvolvido pela Empathy Monitor, mostrou que as novas gerações se mostram mais exigentes ao ambiente corporativo e à preservação da saúde mental: 80% dos millennials afirmam que deixariam seu emprego atual caso o local se tornasse menos empático.
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