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Corpo de criança morta em ataque a comunidade indígena é encontrado

10 de Julho de 2023

Ataque ocorreu na comunidade Parima, dentro do território Yanomami. Corpo da menina, de 7 anos, foi encontrado a cerca de 25 metros do local do desaparecimento, segundo os Bombeiros.

O Corpo de Bombeiros de Roraima informou que encontrou o corpo de uma criança indígena de 7 anos, na comunidade Parima, na Terra Yanomami. A criança foi morta durante ataque a tiros ocorrido na última segunda-feira (3/7). Na ocasião, mais cinco pessoas também ficaram feridas: um líder indígena, de 48 anos, uma mulher de 24 anos, a filha dela, de 5 , e duas meninas, de 15 e 9 anos.

Corpo de criança morta durante ataque foi encontrado na sexta-feira (7), na Terra Indígena Yanomami. | Foto: CBMRR/Divulgação 

As buscas, que duraram três dias, começaram dois dias após o ataque. O corpo da criança caiu no rio e foi localizado na sexta-feira (7) perto do local do desaparecimento. Um helicóptero tinha sido enviado de Boa Vista para auxiliar no atendimento às vítimas.

O corpo da criança foi entregue aos parentes e permanecerá na comunidade para os rituais da cultura Yanomami.

Em uma rede social, o Corpo de Bombeiros informou que quatro mergulhadores da corporação trabalharam nas buscas, que começaram no dia 5 e terminaram no dia 7 deste mês, com a localização do corpo da criança. A missão teve apoio do Exército e da Marinha e da Polícia Militar de Roraima.

Corpo da criança foi encontrado no rio Parima, mesma região onde o ataque a tiros aconteceu. | Foto: Alexandro Pereira/Rede Amazônica/Arquivo 

Garimpeiros

Os responsáveis pelo ataque fugiram do local e ainda não foram identificados. Após o ataque, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) divulgou nota informando que servidores da pasta se deslocaram para a aldeia, com policiais federais, militares e agentes da Força Nacional de Segurança.

O MPI reforça que segue trabalhando com as demais esferas de governo buscando a completa retirada dos garimpeiros das terras indígenas. Essa atividade degrada não só o meio ambiente, mas ataca o modo de vida e toda a organização social dos povos indígenas”, diz o texto.

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