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Mulheres são as mais afetadas pelas demissões na indústria tech

16 de Junho de 2023

O setor tecnológico está passando por um momento desafiador e as mais impactadas são as mulheres, que já são minoria na área

Nos últimos anos, a indústria tecnológica teve avanços em relação à diversidade e inclusão de suas equipes de trabalho. Entretanto, estudos recentes mostram que as minorias têm sido desproporcionalmente afetadas pelas demissões que estão acontecendo no setor

De acordo com o site Layoffs.FYI, embora cerca de 45% dos trabalhadores demitidos na última onda de cortes em tecnologia fossem mulheres, o maior problema ainda é a diferença de gênero que existe na área: as mulheres representam menos de um terço dos profissionais na indústria tecnológica e ocupam menos de 25% dos cargos técnicos e de liderança, segundo um estudo da Deloitte de 2022. Ou seja, o impacto das demissões está causando um grande retrocesso no setor de diversidade e inclusão das empresas. Além disso, outro estudo, realizado pela Paychex, revela que quase 75% das mulheres que trabalham com tecnologia temem ser demitidas. 

A prática de demitir os profissionais mais novos na empresa, também conhecida como “last in, first out”, é outra ação que afeta, de forma desproporcional, àqueles que enfrentam barreiras para conseguir uma vaga, muitas vezes devido a vieses e discriminações, como é o caso das mulheres. Isso ocorre em um momento em que as organizações deveriam investir em políticas que fomentem a diversidade.

“É importantíssimo que as empresas da indústria tecnológica mantenham seus compromissos com a inclusão de mulheres e outros grupos minoritários em suas equipes de trabalho, para não retrocedermos nos avanços conquistados até agora”, explica Júlia Diniz, Business Development Manager da Laboratória no Brasil.

Vale lembrar que a falta de diversidade na indústria tecnológica não só afeta as mulheres e minorias, mas também tem implicações importantes para todos os usuários e usuárias. Muitos estudos confirmam que as empresas de criações tecnológicas que não possuem uma força de trabalho diversa só contribuirão para o aumento das desigualdades já existentes na sociedade, por meio de produtos e serviços enviesados.

No entanto, equipes compostas por profissionais de diferentes gêneros, nacionalidades, raça e contextos sociais, podem criar soluções tecnológicas que realmente respondam às necessidades de uma grande variedade de pessoas. Isso é especialmente relevante hoje com a Inteligência Artificial, já que a participação de mulheres e outros grupos minoritários são a chave para a criação de ferramentas inclusivas.

“As empresas devem incluir parâmetros de diversidade e inclusão em suas estratégias de avaliação e demissões, e estabelecer objetivos para manter as proporções de colaboradores, que integram grupos minorizados”, finaliza Júlia. 

Sobre a Laboratória

Na Laboratória trabalhamos para construir uma economia digital mais diversa, inclusiva e competitiva que crie oportunidades para que todas as mulheres possam desenvolver seu potencial. Para cumprir nossa missão, oferecemos um bootcamp em que proporcionamos o desenvolvimento de habilidades técnicas e socioemocionais para que essas mulheres comecem uma carreira na área tech. Conectamos as graduadas a oportunidades de emprego de qualidade no setor e temos uma comunidade vibrante de graduadas que se apoiam mutuamente no crescimento de cada uma para que se tornem futuras líderes na América Latina.

Mais de 3.200 mulheres já passaram pelo bootcamp da Laboratória no Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru, e 82% delas conseguiram um emprego na área tech após o bootcamp. Somos uma fonte de talentos para mais de 1.100 empresas, promovendo a diversidade nas organizações e garantindo uma cultura de trabalho mais diversa e inclusiva.

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