Dificilmente o ritmo de novas contratações se manterá, prevê o SindusCon-SP
A indústria da construção abriu 26.937 postos de trabalho com carteira assinada no país em abril de 2023, aumento de 1,07% em relação ao número de empregados no setor em março. No primeiro quadrimestre, foram 120.508 contratações (+4,97% sobre o contingente de trabalhadores em dezembro). No acumulado de 12 meses até abril, a construção gerou 191.641 novos empregos (+8,16%).
Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no país resultou na abertura de 180 mil empregos em abril. A construção gerou 15% desses empregos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados em 31 de maio, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, atribuiu o aumento do emprego no quadrimestre ao grande volume de obras que estão sendo concluídas neste ano, e que haviam sido contratadas durante a pandemia. “Mas com a redução dos lançamentos de novos empreendimentos nos últimos meses, a atividade da construção diminuirá mais adiante e dificilmente o setor conseguirá manter o atual ritmo de novas contratações”, comenta.
Em abril, a construção foi o terceiro setor que mais gerou novos empregos, atrás de serviços (+103.894 trabalhadores) e do comércio (+27.559), e na frente da indústria (+18.713) e da agropecuária (+2.902).
Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), foram abertos 658 novos empregos em abril – aumento de 0,35% na comparação com o número de postos de trabalho com carteira assinada em março. No primeiro quadrimestre, foram 1.820 (+0,98% sobre o número de dezembro de 2022). No acumulado de 12 meses até abril, foram 4.806 (+2,63%).
Estoque
Ao final de abril, a construção empregava 2.541.142 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged.
Por Estados
Das vagas abertas pela construção em abril, 6.686 situaram-se no Estado de São Paulo.
Além de São Paulo, as unidades da Federação em que o setor mais abriu novos empregos no mês foram: Minas Gerais (4.442), Goiás (2.531), Rio de Janeiro (2.500), Santa Catarina (1.751), Paraná (1.536) e Mato Grosso (1.413). Acre, Amazonas, Amapá, Ceará e Bahia registraram quedas.
