A abertura do mercado chinês a produtos lácteos brasileiros e o fim da substituição tributária para vinhos gaúchos, medidas divulgadas recentemente, animaram a RAR, que atua no segmento de alimentos de alta qualidade. Mas o otimismo da empresa fundada por Raul Anselmo Randon deve-se também ao resultado obtido: 12% de crescimento no primeiro semestre de 2019 - o melhor desempenho para o período ao longo dos 40 anos do negócio.
A expectativa é manter o ritmo e chegar ao final do ano com aumento de 20% no volume de negócios. “Iniciamos este ano muito bem, sem sentir tanto os efeitos da crise como outras indústrias do segmento. Agora, com o anúncio do governo federal sobre a abertura da China aos laticínios brasileiros, vamos aproveitar o know-how que já possuímos no mercado externo para, no futuro iniciar a operação de exportação de lácteos”, afirma o diretor-superintendente da RAR, Sergio Martins Barbosa.
A Rasip, empresa controlada pela RAR que é a terceira maior produtora de maçãs do Brasil, também está em ritmo acelerado. “Nos últimos onze anos mantemos uma média de crescimento no faturamento de aproximadamente 13% ao ano e devemos manter esse índice, com previsão de superar R$ 300 milhões nos próximos cinco anos”, destaca Sergio. A Rasip exporta este produto para os mercados mais exigentes em padrões de qualidade e de segurança alimentar. Em 2018 obteve US$ 7.3 milhões em receita total de exportações e abriu mercados importantes, como Índia e Rússia, que possuem grande potencial comprador.
Extinção da substituição tributária aos vinhos é comemorada
Medida anunciada pelo governo estadual do Rio Grande Sul que era aguardada há mais de cinco anos, o decreto que determina a eliminação da substituição tributária na cadeia de vinhos e espumantes representa uma liberação no fluxo de caixa e é mais um motivo para manter o otimismo. “Com a substituição tributária, todo o recolhimento de impostos do setor se dava antes da homologação da venda do produto, o que nos prejudicava bastante com relação à competitividade. O próximo passo, agora, é convencer o governo do estado de São Paulo a adotar a mesma medida”, ressalta Sergio.
Sobre a RAR
A RAR, de Raul Anselmo Randon, teve origem na fruticultura, com o cultivo da maçã na década de 1970. Hoje, é a terceira maior produtora e comercializadora da fruta no Brasil. Nos anos 1990, montou a primeira fábrica de queijo Tipo Grana fora da Itália lançando a marca Gran Formaggio. A RAR tem, em seu portfólio, linha de importados com queijos e acetos italianos, presuntos e salames italianos e espanhóis, e azeites de oliva. A linha de derivados é composta por creme de leite pasteurizado, manteiga e queijo parmesão. A empresa, com sede em Vacaria (RS), ainda conta com linha de 17 rótulos entre vinhos e espumantes.