Cultura - Teatro

Projeto Arte Ciência estreia MATÉRIA OBSCURA dia 22, quarta, na ocupação do Teatro Eugênio Kusnet

17 de Outubro de 2014

 

Pioneiro no Brasil ao entrelaçar no palco a arte e a ciência, o Núcleo Arte Ciência no Palco da Cooperativa Paulista de Teatro prossegue com seu programa de ocupação do Teatro de Arena Eugênio Kusnet até março de 2015. O novo espetáculo que estreia dia 22 de outubro, para temporada às quartas e quintas, às 21 horas é MATÉRIA OBSCURA.

Matéria Obscura - Quartas e quintas, às 21h

O espetáculo tem dramaturgia de Carlos Palma e Oswaldo Mendes, direção de Rubens Velloso e elenco formado por Carlos Palma, Oswaldo Mendes, Adriana Dham e Rogério Romera. Com 70 minutos, a trama acontece no mágico intervalo entre a vigília e o sono.

Fragmentos de personagens e episódios da ciência desafiam quatro atores a responder à provocação de Bertolt Brecht: para quê fazer teatro? Despertos, eles percebem que, quando se iluminam os caminhos que levam a uma crescente - embora ainda distante - compreensão da Natureza e do Universo, mais se revelam os aspectos obscuros condição humana.

Para Oswaldo Mendes,”a ciência formula perguntas para encontrar respostas, já o teatro usa as respostas para formular perguntas. Assim, se a divisão do átomo encantou os cientistas pelas perspectivas que abriu ao domínio dos fenômenos naturais, aos artistas do teatro ela impôs novas e urgentes perguntas, que dizem respeito ao nosso destino e ao destino do Planeta”.

De acordo com Carlos Paula, “se os avanços da ciência nascem da necessidade; os do teatro, da urgência. Ele não se ocupa da posteridade, ainda que alguns de seus poetas permaneçam nossos contemporâneos mesmo tendo vivido há séculos, como Ésquilo e Shakespeare, cujas obras nos ajudam a entender a nossa relação com o mundo em que vivemos”.

Se a Natureza é passível de ser transformada, como diz a ciência, cabe ao teatro da era científica mostrar que também, e principalmente, as relações entre os homens podem e devem ser objeto de constantes transformações. Se a ciência nos ensina que a beleza e a riqueza da vida neste Planeta são frutos das diferenças e da diversidade, cabe ao teatro a afirmação da urgência de se respeitarem as diferenças e a diversidade nas relações entre indivíduos e grupos sociais. Ao mesmo tempo em que alerta para os riscos dessa mesma ciência que gera progresso criar abismos de desigualdades perversas entre as pessoas, prolongando injustiças ditadas pelo poder político e econômico.

Como a matéria escura – que ocupa boa parte do Universo, mas ainda não se sabe o que é –, a existência da matéria obscura do teatro também se comprova pela força gravitacional que exerce, em sua capacidade histórica de investigar a condição humana até as últimas consequências. Assim, os enunciados transformadores formulados pela ciência, da teoria de Darwin ao princípio da Incerteza de Heisenberg, sugerem que o teatro tenha a coragem de romper com narrativas, e padrões de narrativa, e atirar-se na surpreendente zona obscura das conexões impostas por novas temáticas e novos questionamentos. A um novo Homem impõe-se um novo Teatro. Qual? É o que nos cabe investigar.

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: Carlos Palma e Oswaldo Mendes. Direção: Rubens Velloso. Elenco: Carlos Palma, Oswaldo Mendes, Adriana Dham e Rogério Romera. Iluminação: Rubens Velloso. Figurino e produção executiva: Carolina Semiatzh. Cenário e Trilha Sonora: Núcleo Arte Ciência no Palco. Faixa etária recomendada: acima de 14 anos. Duração 70 minutos. Temporada - Quarta e quinta, 21 horas.Estreia 22 de outubro

 

______________________________________________________

 

A Dança do Universo - Sextas e Sábados às 21h e Domingos 19h até 16 de novembro

 

O espetáculo cocmeça com um grupo de teatro ensaiando uma montagem comemorativa, e para unir o mundo objetivo (da ciência) ao subjetivo (do teatro), traz à lembrança a figura do físico brasileiro Mario Schenberg (1914-1990). Com ele mergulha no interminável conflito entre a ignorância e o conhecimento desde os mitos da Criação.

Nesse processo, entram em cena outros personagens como os estudiosos e cientistas Nicolau Copérnico (1473 - 1543), Johannes Kepler (1571 – 1630), Galileu Galilei (1564 – 1642), Isaac Newton (1643 – 1727), Albert Einstein (1879 – 1955), Charles Chaplin (1889-1977), entre outros.Aos poucos, revela-se pelo humor e pela poesia, a condição humana desses homens que mudaram nossa relação com a natureza e com o universo.

“É um tributo a todos que usaram a arte e a ciência para aliviar o peso da existência da humanidade. O lado humano desses homens que trouxeram grandes avanços para a sociedade também é colocado em cena”, conta Oswaldo Mendes.

A peça de Oswaldo Mendes é inspirada no livro de Marcelo Gleiser. A montagem do grupo Arte Ciência no Palco celebrou o Ano Mundial da Física e o centenário da Teoria da Relatividade. No elenco, estão os atores Adriana Dham, Carlos Palma, Monika Plöge, Oswaldo Mendes, Rogerio Romera, Selma Luchesi e Vera Kowalska.

A trama estreou em 2005 para celebrar o Ano Mundial da Física ao mesmo tempo em que comemorava o centenário da Teoria da Relatividade, de Albert Einstein. Esse é o primeiro trabalho do Núcleo Arte e Ciência no Palco sobre um cientista brasileiro - Marcelo Schenberg - e o primeiro texto nacional montado pelo núcleo. Anteriormente, o grupo homenageou outras personalidades da ciência como Einstein, Da Vinci, Feynman, Alain Turing entre outros.

Ficha Técnica

Autor: Oswaldo Mendes. Direção: Soledad Yunge. Elenco: Adriana Dham, Carlos Palma, Monika Plöge, Oswaldo Mendes, Rogerio Romera, Selma Luchesi e Vera Kowalska. Cenário: Carlos Palma. Figurino: Marichilene Arteviskis. Composição Musical: Oswaldo Mendes e Edgar Bustamante. Trilha Sonora: Sérgio Yamamoto. Iluminação: Gisele Scudelio. Operação de Luz: Jonas Ribeiro.Comunicação Visual: Adriana Carui. Administração: Carlos Palma. Produção Executiva: Cristina Fischetti. Assistente De Produção Executiva: Adriana Dham. Secretaria: Glaciane Alves Rocha. Realização: Núcleo Arte Ciência no Palco da Cooperativa Paulista de Teatro. Duração: 80 minutos. Classificação: 16 Anos. Preços: R$20 (meia: R$10).

 

ROTEIRO

Teatro de Arena Eugênio Kusnet . Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – Consolação. Temporada: sextas e sábados 21h e domingos 19h.Reestreou dia 6 de setembro (sábado). Temporada - 6 de setembro a 16 de novembro 2014. Ingressos populares: R$ 20,00 e R$ 10,00. www.arteciencianopalco.com.br

________________________________________________________________________________

Sobre o Teatro de Arena

“O Teatro de Arena Eugênio Kusnet tem uma grande importância para o país. Representa uma revolução na dramaturgia e uma reflexão do homem brasileiro a partir dos anos 50. Foi decisivo na época da Ditadura Militar, sempre teve em sua essência o questionamento. Foi um local que abrigou ícones do teatro nacional como Zé Renato, Boal, Chico de Assis, Gianfrancesco Guarnieri, Paulo José, Dina Sfat. Até a música teve seu espaço com Edu Lobo. É uma geração formada pelo amor ao teatro. Ocupar esse palco é trazer à tona todo esse espírito, com uma programação que reflete sobre o homem e a tecnologia cada mais complexa”, diz Oswaldo Mendes.

_________________________________________________________________________________

Sobre Arte Ciência no Palco da Cooperativa Paulista de Teatro

O projeto foi pioneiro no Brasil. O Arte Ciência no Palco emaranhou o grupo no universo da ciência natural. Foi criado em 1998 por Carlos Palma e Adriana Carui e com a chegada de novos integrantes, em 2001 se consolidou junto a Cooperativa Paulista de Teatro. Hoje o grupo é formado por Carlos Palma, Oswaldo Mendes, Adriana Carui, Adriana Dham, Monika Plöger, Sérgio Yamamoto, 
Vera Kowalska, Lilian Blanc. O núcleo Arte Ciência no Palco ou ACP para os mais próximos dedica-se ao fazer teatral pensando no homem e na sociedade com a lente da ciência. Investigar a relação da arte e da ciência é nosso objetivo. 


A ideia surgiu de "Einstein" (estreou em 1998 no Brasil) que assistimos no Chile em 1995. A peça nos despertou não só para a beleza conceitual que acompanha cada descoberta, mas para a possibilidade de investigar as angústias e os aflitivos dramas dos que pensam e praticam a ciência.Quando repetidamente dizemos que a ciência não é só dos cientistas é para lembrar das nossas responsabilidades diante dos rumos que o conhecimento científico pode gerar em nossa civilização. 

No seu repertório 13 espetáculos em 10 anos de atuação. Reconhecido pelo público e pela crítica tem no histórico de seus espetáculos a participação no "Funarte Cidades", o Mês Teatral da Prefeitura de São Paulo, o Prêmio Mambembe melhor ator, Prêmio Qualidade Brasil melhor espetáculo e indicação a melhor ator, três indicações em 2001 ao Prêmio Shell de melhor diretor, melhor iluminação e melhor cenário, por duas vezes recebeu o Prêmio Estímulo Flávio Rangel do Governo de São Paulo, contemplado com o Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e três indicações para o Prêmio Coca-Cola/Femsa em 2007.

Através do teatro, com sua imensa capacidade de envolver, emocionar e provocar, procuramos apresentar pelo "sentir" e pelo "pensar" os conflitos éticos da ciência.Além de entreter, despertar o público para as responsabilidades e conseqüências dos avanços da ciência pode ser uma consequência muito produtiva. "A evolução tecnológica é de todos nós. Seus resultados fazem parte de nosso dia-a-dia.Compreender seus princípios é fundamental para uma perfeita harmonia entre o indivíduo e a imensidão do universo".

PRÊMIOS E INDICAÇÕES

- 1998 - PRÊMIO MAMBEMBE / FUNARTE
"EINSTEIN" - Melhor Ator / SP (Carlos Palma)
- 2000 - PRÊMIO MARIA CLARA MACHADO / RJ
"DA VINCI PINTANDO O SETE" - Indicação Iluminação (Francisco Alves)
- 2001 - PRÊMIO ESTÍMULO FLÁVIO RANGEL - "COPENHAGEN"
- 2001 - PRÊMIO QUALIDADE BRASIL
"COPENHAGEN" - Melhor Espetáculo
- 2001 - PRÊMIO QUALIDADE BRASIL
"COPENHAGEN" - Melhor Direção (Marco Antonio Rodrigues)
- 2001 - PRÊMIO QUALIDADE BRASIL
"COPENHAGEN" - Indicação Ator (Carlos Palma)
- 2001 - PRÊMIO SHELL / SP
"COPENHAGEN" - Indicação Direção (Marco Antonio Rodrigues)
- 2001 - PRÊMIO SHELL / SP
"COPENHAGEN" - Indicação Cenografia (Ulisses Cohn)
- 2001 - PRÊMIO SHELL / SP
"COPENHAGEN" - Indicação Iluminação (Francisco Alves)
- 2002 - PRÊMIO SHELL / SP
"PERDIDA, UMA COMÉDIA QUNTICA" - Indicação Ator (Oswaldo Mendes)
- 2003 - PRÊMIO SHELL / SP
"QUEBRANDO CÓDIGOS" - Indicação Ator (Carlos Palma)
- 2004 - PRÊMIO APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte)
"20.000 LÉGUAS SUBAMRINAS, UFA" - Melhor Cenografia (Carlos Palma)
- 2004 - PRÊMIO COCA-COLA / FEMSA
"20.000 LÉGUAS SUBMARINAS, UFA" - Melhor Cenografia (Carlos Palma)
- 2007 - PRÊMIO COCA-COLA / FEMSA
"REBIMBOCA & PARAFUSETA" - Finalista Melhor Cenografia (Carlos Palma)
- 2008 - PROGRAMA MUNICIPAL DE FOMENTO AO TEATRO
"A CULPA É DA CIÊNCIA?"

 

Serviço:

Local: Teatro de Arena Eugênio Kusnet

Endereço: Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – Consolação. Telefone: (11) 3259-6409

Capacidade: 98 Lugares

Bilheteria abre uma hora antes de cada espetáculo.

 

Comentários
Assista ao vídeo