A TV Brasil apresenta nesta sexta-feira, 19 de setembro, às 22h, o especial “O amor deve ser sagrado”, em homenagem ao centenário de nascimento do cantor e compositor Lupicínio Rodrigues. Para isso, reuniu um time de primeira. Quem comanda a atração é o cantor Zé Renato, que se encontra com artistas renomados e jovens talentos da MPB que não negam a força das letras de Lupicínio: Ney Matogrosso, João Bosco, Dori Caymmi, Léo Gandelman, Júlia Vargas, Iara Ferreira e João Cavalcanti.
Com formato intimista, o especial tem no repertório clássicos dos sambas "dor de cotovelo", como o próprio Lupicínio chamava. Ao todo, o espetáculo conta com treze composições: Quem há de dizer; Esses moços; Nervos de aço; Nunca; Vingança; Se acaso você chegasse;Cadeira vazia; Volta; Maria Rosa; Aves daninhas; Exemplo; Fuga; e uma das mais famosas, a canção Felicidade. As gravações aconteceram no teatro do Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola, no Rio de Janeiro.
Diretor musical do encontro, Zé Renato resgata o modo de ser do sambista gaúcho e fala sobre a dinâmica da homenagem. “O Lupicínio é um grande melodista. Ele tem esse jeito de contar a vida dele através da música e consegue transformar tudo isso em poesia com um refinamento melódico muito grande. E cada artista, no show, vai passar com sensibilidade essa história”, revela Zé Renato.
O clássico Se acaso você chegasse fica por conta de João Bosco que analisa a letra. “É um samba raro na obra do Lupicínio, bem-humorado”, comenta o músico que também entoa Vingança ao lado de Zé Renato. “Vi o Lupicínio cantar certa vez no Teatro Opinião e fiquei muito impressionado com a interpretação dele, muito profunda e vital”, recorda.
Ney Matogrosso destaca a abordagem que o homenageado dava ao amor em suas canções. “A principal característica dele [Lupicínio] é essa história de amores que nunca dão certo”, pondera ao estabelecer uma relação entre Cartola e Lupicínio Rodrigues. Diferente da maioria dos compositores, ambos tratam em suas letras da separação e do rompimento. No espetáculo que celebra o artista gaúcho, Ney interpretaNervos de aço e Cadeira vazia.
Trajetória do cantor e compositor
Lupicínio Rodrigues saiu de cena em 27 de agosto de 1974, mas suas canções, imortalizadas na voz de grandes intérpretes da música popular brasileira, continuam como trilhas sonoras indispensáveis de homens e mulheres apaixonados pelo amor. Jamelão, Elza Soares, Elis Regina, Paulinho da Viola, Ciro Monteiro, Francisco Alves, Caetano Veloso, Gal Costa são alguns dos artistas que já cantaram obras de Lupicínio Rodrigues.
Nascido em Porto Alegre, em 16 de setembro de 1914, Lupicínio preferiu os temas soturnos da desilusão, da saudade e do abandono. Seu centenário é a celebração da vida de um dos mais inquietos e originais criadores do Brasil, que, para compor, se utilizava de assovios e casos de amor.
Produto mutiplataforma
O especial “Lupicínio Rodrigues – O amor deve ser sagrado” também é um produto multiplataforma. Em www.ebc.com.br/lupicinio é possível acompanhar os bastidores das gravações do programa, ver a galeria de imagens e assistir às entrevistas com os artistas que participam da homenagem ao cantor da dor de amor. Também estão na página gravações raras com interpretações de músicas de Lupicínio Rodrigues e depoimentos sobre ele que fazem parte do acervo da TV Brasil e da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Ficha técnica:
Direção e Criação: Locca Faria
Direção Musical: Zé Renato
Arranjos: João Carlos Coutinho e Zé Renato
Produção: Visom Digital
Realização: TV Brasil
Repertório e intérpretes:
Esses moços, Quem há de dizer, Fuga, Exemplo: Zé Renato
Nervos de Aço: Ney Matogrosso
Cadeira vazia: Ney Matogrosso e Zé Renato
Se acaso você chegasse: João Bosco
Vingança: João Bosco e Zé Renato
Ave Daninhas: Júlia Vargas
Maria Rosa: João Cavalcanti
Volta: Iara Ferreira
Nunca: Dori Caymmi
Felicidade: todos os cantores
Serviço
Especial Lupicínio Rodrigues – O amor deve ser sagrado
TV Brasil
Sexta-feira, 19 de setembro, às 22h