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A jornalista e fotógrafa Candice Carvalho apresentou, na Paris Photo 2025, a edição especial de colecionador de “Asfixia”, obra que marcou sua estreia no universo editorial e se consolidou como um dos registros visuais mais sensíveis do período em que Nova York enfrentou duas de suas maiores crises recentes: a pandemia de coronavírus e a massiva onda de protestos após o assassinato de George Floyd.
A Paris Photo, principal feira de arte internacional dedicada à fotografia, tornou-se o palco para o relançamento que reafirma o diálogo entre o jornalismo, arte e memória.
Publicado originalmente em 2021, “Asfixia” nasceu da vivência direta de Candice na cidade onde atua como correspondente da emissora Globo. Em meio a devastação da pandemia e às grandes manifestações que tomaram as ruas após o assassinato de George Floyd, a autora construiu um ensaio fotográfico que registra como os novaiorquinos se adaptaram e se expressaram em um momento de constante luta pela vida, misturando delicadeza e resistência ao mesmo tempo.
A edição apresentada em Paris aprofunda ainda mais o caráter poético e político do projeto. A obra resgata o gesto essencial que contribuiu para seu surgimento: observar a cidade com um olhar jornalístico emocional e objetivo.
Ao relançar o livro em um dos eventos mais relevantes da fotografia, Candice reafirma seu compromisso com uma produção que ultrapassa fronteiras de formato. Seu livro ocupa um espaço no qual fotojornalismo, história e sensibilidade autoral se encontram em um mesmo trabalho, oferecendo ao leitor a chance de revisitar um período que permanece vivo nas marcas que deixou.
Sobre a autora
Candice Carvalho é jornalista e correspondente da Globo, em Nova York. Com trajetória dedicada à cobertura de política internacional, acompanhou três eleições presidenciais norte-americanas, episódios de emergência climática, tragédias naturais, a crise de imigração na fronteira com o México e expedições ao Ártico para reportagens sobre aquecimento global.
Durante a pandemia, testemunhou a crise em um de seus epicentros e acompanhou o início das manifestações do movimento Black Lives Matter, contexto que originou o projeto do livro “Asfixia”.
Sua atuação no mercado reafirma a importância do olhar jornalístico comprometido com a humanidade, veracidade e profundidade da narrativa.