Latino-Americana mistura samba de raiz, rap, pagode, MPB, bolero-brega e até o clássico “Bésame Mucho”
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Créditos: Pablo Grotto |
Assista agora ao novo álbum-visual
A cantora e compositora Kell Smith lança Latino-Americana, um álbum-visual gravado ao vivo em casa. Mais do que um registro musical, a obra se apresenta como um manifesto: um ato de amor, pertencimento e celebração da diversidade que forma a identidade brasileira e latino-americana. O trabalho se estende para os palcos com a turnê de mesmo nome, ampliando o objetivo e reafirmando o protagonismo da Música Brasileira e nossa latinidade.
Em tempos de algoritmos, IA e desumanização, cantar ao vivo, com banda e com verdade, é resistência. É lembrar quem somos, transformar a imperfeição em beleza e a presença em potência. Artista autista, Kell leva também para sua obra o compromisso de representatividade e acessibilidade e por isso, o projeto conta com sinalização em Libras, ampliando o acesso e garantindo que diversos públicos possam se conectar à experiência de forma plena.
Latino-Americana mistura samba de raiz, rap, pagode, MPB, bolero-brega e até o clássico Bésame Mucho, em uma releitura cheia de identidade e brasilidade. O resultado é um trabalho diverso, intenso e carregado de fé cotidiana e história. Ele chega como um lembrete de que nossa maior riqueza está em nossa identidade, fala da força que nasce da mistura, do amor, da alegria que sobrevive à dor e da resistência que pulsa em cada gesto simples, da faxina ao churrasco, da oração da manhã à festa da noite. É sobre cantar quem somos e quem ainda podemos ser. Um ato de amor e orgulho pelo que é nosso. Porque, em tempos difíceis, o maior ato de resistência é nos fazer felizes.
As seis faixas são costuradas como um trabalho artesanal. “Bésame Mucho” abre em clima latino e sensual, resgatando um clássico que nos conecta com nossos hermanos latinos. “Samba da Zenaide” mergulha no samba raiz como denúncia e catarse popular, pronta para ecoar nos morros, nos interiores, no almoço de domingo, na faxina ou no churrasco com os amigos. "Uma Semente”, com Tulinho Banca do Loco, mistura rap e pagode em um hino de esperança e resiliência. Nos lembrando “Que desistir não é mais opção.”
"Dinamite” explode como bolero-brega de amor-próprio e superação, música para quem renasce das próprias cinzas. "Minha Oração” é o respiro da espiritualidade cotidiana, canção para começar ou encerrar o dia acreditando que o amor ainda é o maior milagre. O encerramento vem com “A Música e o Carcará”, texto-manifesto na voz do pai da artista que define a obra: “Não mexe comigo, que sou a gota serena. Eu sou a Música Brasileira”
O título é uma declaração de pertencimento. Inspirado em Lélia Gonzalez e em seu conceito de Améfrica Ladina, que revela e valoriza nossas heranças negras, indígenas e mestiças, tantas vezes silenciadas, mas ainda viva na língua, no corpo e na música e em Darcy Ribeiro, que via o Brasil como síntese de muitos Brasis, forjados na dor, mas também na criatividade e na festa, o álbum reafirma um movimento de resgate, conexão e nasce como gesto de descolonização do imaginário.
“Eu sonhei com o Latino-Americana e acordei avisando todo mundo que seria a turnê e o álbum. Não era só um trabalho, era um chamado. E eu fiz esse álbum pra mim, pra minha criança interior, tantas vezes silenciada por etiquetas que tentaram me invalidar. Assim como a nossa história latino-americana, tantas vezes empacotada para caber em um rótulo. Mas nós não cabemos. Somos pluralidade, mistura e contradição. E esse trabalho é artesanato, feito à mão com imperfeições que viram beleza. É ter as veias abertas, mas o coração pulsando forte. É cantar o que fomos, o que somos e o que ainda podemos ser. Reinventar a Améfrica Ladina todos os dias. Porque nossa maior revolução é a felicidade que insiste em sobreviver. Esse álbum é um manifesto cantado, é amor ao que é nosso”, conta Kell Smith
Levando o mesmo nome do álbum, a turnê amplia esse manifesto nos palcos e se une à missão da artista de colocar a Música Brasileira no lugar dela: o de protagonismo. Em cada cidade, um artista local indicado pelo público divide o palco com Kell, reafirmando que somos sinônimo de mistura e criação. Entre autorais e releituras, o show é uma experiência de reconhecimento e afeto.
“Esse show é como uma linda colcha de retalhos, misturando minhas músicas com releituras que revelam minhas referências e meu propósito. É uma obra viva e em movimento que celebra minha história pessoal e nossa história coletiva. E em cada cidade que eu vou e divido o palco com um artista local, me sinto ainda mais orgulhosa de ser brasileira e dividir a melhor musicalidade do mundo com os meus. Eu amo ver os artistas brilhando e isso me atravessa e me forma artisticamente também. Percebo que o palco virou um território de reexistência e um movimento de identidade e celebração. E estou muito feliz com essa escolha. Viva a Música Brasileira e nossa Latinidade pulsante. Nós somos o coração do mundo", finaliza a artista.
Sobre Kell Smith:
Kell Smith é cantora, compositora, autista, de origem periférica e se consolidou como uma das artistas mais marcantes da sua geração. Sua arte nasce do propósito de criar músicas reais para pessoas reais, transformando vivências em letras, emoções em melodias e sua própria história em bandeira de luta. Representa quem valoriza a verdade, o afeto e a escuta, unindo brasilidade, autoconhecimento e saúde mental em uma obra potente e acessível.
Sua voz ecoa em rádios, novelas, palcos e plataformas digitais, onde soma quase 1 bilhão de plays e visualizações. Premiada e multiplatinada, coleciona sucessos como “Era Uma Vez” (duplo diamante), “Respeita as Mina” (ouro), “Girassol” (platina), “Nossa Conversa” (duplo platina) e “Seja Gentil” (platina). Suas colaborações atravessam gerações e estilos - de Elza Soares no Rock in Rio a Amado Batista, de Chitãozinho & Xororó a MC Lipi. Além disso, presta tributos históricos, como “Kell canta Gal” (Canal Bis e Multishow) e a turnê nacional em homenagem ao aclamado álbum Elis & Tom, dividindo o palco com Daniel Jobim, neto de Tom.
Filha de missionários, nasceu Keylla Cristina Gomes dos Santos em São Paulo e cresceu cruzando o país inteiro com a família. Aos 12 anos, uma vitrola encontrada no lixo pelo pai e um LP de Elis Regina (Falso Brilhante) mudaram seu destino: a Música Brasileira se tornou sua bússola e hiperfoco. Aos 21, com o nascimento da filha, descobriu seu verdadeiro chamado: transformar o mundo através da Música.
Autista, transformou o diagnóstico em território de acolhimento, representatividade e força. Coloca a saúde mental no centro da sua obra e da conversa pública. Se há algo que define Kell Smith, é seu amor e devoção à Música Brasileira como espaço de afeto, resistência e futuro. Sua obra traduz o Brasil profundo e plural: nasce das raízes, mas aponta sempre para o amanhã.
Ficha Técnica:
Áudio:
Produção Musical, Arranjos e Teclado: Bruno Alves
Bateria: Cuca Teixeira
Baixo: Bené
Guitarra, Violão e Sitar: Edson Guidetti
Percussão: Franklin Santos
Cavaco: Robson Nogueira
Acordeon: Renato Cigano
Captação de Áudio: Studio B.A Music, Berlanga Áudio Gravações e Backline
Engenheiro de Gravação: Zoroastro Baranyi
Assistente de Gravação: Augusto Cepillo
Mixagem: Zoroastro Baranyi, Daniel “Lanchinho” Rodrigues e Bruno Alves
Masterização: Daniel “Lanchinho” Rodrigues
Vídeo:
Kell Smith | Direção artística
Lemuel Castro | Direção de fotografia
Junior Black | Segunda Câmera
Walace Ramos | Terceira Câmera
Everton Gomes | Assistente de Câmera
Redes sociais:
Instagram | @Kellsmith
Spotify | Kell Smith