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Cesta básica em Ribeirão Preto registra queda em agosto

2 de Setembro de 2025

Batata, arroz e feijão recuam; carnes seguem como maior peso do orçamento, de acordo com pesquisa do IEMB-Acirp

IEMB-Acirp retoma divulgação do Índice Mensal de Inflação sobre os alimentos em Ribeirão Preto

A pesquisa mensal do custo da cesta básica da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) voltou a ser divulgada em agosto de 2025.
O levantamento, realizado pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp),apontou que o valor médio da cesta em agosto foi de R$ 723,47, o que representa queda de 1,46% em relação ao mês anterior, quando o mesmo kit de alimentos custou R$ 734,20.

A coleta de dados de agosto foi feita no último dia 20 de agosto em 10 supermercados/hipermercados e 4 padarias, distribuídos pelas regiões Norte, Leste, Oeste, Sul e Central.

De acordo com pesquisadores da entidade, a redução está associada à melhora da oferta agrícola, influenciada pela colheita de inverno e pelo maior volume de importação do arroz.

Itens em destaque

Entre os alimentos que mais puxaram a queda estão a batata inglesa (-23,56%) e o feijão carioca (-12,64%), favorecidos pelo pico da colheita da safra de inverno; e o arroz branco (-7,26%), beneficiado pelo aumento das importações.

Diferenças regionais

O estudo apontou variações significativas entre as regiões da cidade. A zona Leste registrou o maior custo da cesta (R$ 773,40), enquanto a região Norte apresentou o menor valor (R$ 674,40). Confira os dados:

REGIÃO: ÍNDICE INFLACIONÁRIO / CUSTO MÉDIO DA CESTA

Ribeirão Preto: -1,46% / R$ 723,47

Norte: -7,46% / R$ 674,40     

Leste: +8,23% / R$ 773,40            

Oeste:  -2,67%  / R$ 688,95           

Sul:  +0,52% / R$ 754,77        

Central: -1,74% / R$ 770,92

Impacto no bolso do consumidor

As carnes representaram o maior custo relativo da cesta, respondendo por 43,66% do total do gasto, seguidas por frutas e legumes (23,29%), farináceos (20,83%), laticínios (6,28%), leguminosas (3,09%), cereais (1,98%) e óleos (0,88%).

Levando em consideração o salário mínimo líquido de R$ 1.403,85, um trabalhador ribeirão-pretano comprometeu 51,53% de sua renda apenas com a cesta básica em agosto. Em termos de tempo, foram necessárias 113,38 horas de trabalho para a aquisição dos alimentos, 1h40 a menos do que no mês anterior.

Para Lucas Ribeiro, analista do IEMB-ACIRP, o resultado reflete um momento de alívio temporário para o consumidor. “A queda em agosto mostra um excesso de oferta agrícola. Apesar do alívio, os custos com alimentação seguem elevados, o que limita o poder de compra do trabalhador”, ressalta.

Metodologia 

O estudo foi conduzido pelo IEMB para aferição do índice de inflação sobre os alimentos na cidade de Ribeirão Preto acompanha itens básicos descritos pelo Decreto Lei nº 399/1938. A legislação define as quantidades mínimas para suprir necessidades nutricionais mensais. 

Sobre o IEMB

O Instituto de Economia Maurílio Biagi da Acirp foi criado em 1954 e, ao longo das décadas, tornou-se uma referência para empresários, gestores e a sociedade, oferecendo suporte para decisões estratégicas e contribuindo para o entendimento da economia local. 

Seu compromisso com a produção e divulgação de dados sólidos reforça sua importância institucional, garantindo que Ribeirão Preto tenha um acompanhamento de sua evolução econômica. É atualmente liderado pelo economista Nelson Rocha, diretor adjunto do instituto e diretor presidente do BRP.

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