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Posicionamento da ABIMAQ referente às tarifas anunciadas pelo governo dos EUA

11 de Julho de 2025

O governo dos Estados Unidos anunciou, em 9 de julho, a aplicação de tarifas de 50% sobre todas as importações vindas do Brasil, a partir de 1º de agosto.

Foto: Divulgação

Em 2024, as exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram US$ 40,4 bilhões, representando 12% de participação nas exportações totais do Brasil. Já as importações brasileiras dos Estados Unidos foram da ordem de US$ 40,6 bilhões, o que representou 15,5% das importações totais do país, resultando, portanto, em um déficit de mais de US$ 283 milhões.

Os Estados Unidos são atualmente o principal destino das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos. Em 2024, as exportações somaram US$ 3,54 bilhões e as importações foram de US$ 4,7 bilhões, ou seja, o Brasil também possui um déficit, neste caso de US$ 1,16 bilhão, na balança comercial de máquinas e equipamentos com os Estados Unidos.

Esses números mostram que a relação comercial é vantajosa para os Estados Unidos, o que anula o argumento de que haveria um desequilíbrio que justificasse a imposição de tarifas de importação adicionais.

Vale destacar que grande parte dos produtos exportados pelos Estados Unidos ao Brasil entram com tarifa zero e a tarifa média efetiva aplicada às importações dos Estados Unidos é de apenas 2,7%. No setor de máquinas e equipamentos, estima-se que a alíquota média seja ainda menor em função de regimes especiais de importação.

A ABIMAQ está ciente de que o governo brasileiro está buscando resolver a questão pela via diplomática, recorrendo a negociações e diplomacia. A Associação acredita que esse é o melhor caminho e entende que é fundamental que as negociações sejam prontamente iniciadas de modo que a aplicação das sobretaxas seja revista. Dessa forma, garante-se a continuidade da relação comercial, dos investimentos produtivos e da manutenção dos empregos.

A ABIMAQ reitera sua crença na força do diálogo e coloca-se à disposição para somar esforços, contribuir com propostas e construir um caminho conjunto, que traduza a história de harmonia entre as nações envolvidas, preservando os laços de cooperação e promovendo um ambiente de confiança mútua e de prosperidade.

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