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Liderança feminina deficitária no mercado de trabalho

7 de Agosto de 2024

Apesar do aumento no número de mulheres nas empresas, a chefia dos cargos ainda está na mão dos homens.

Fabiola Molina, especialista em desenvolvimento humano e organizacional | Foto: Divulgação

Apesar do aumento da presença feminina nas empresas — que passou de 45% para 48% nos últimos três anos — a ascensão às posições de liderança continua a ser um desafio. Uma pesquisa realizada pelo Estadão mostra que a presença de mulheres cargos de alta patente em grandes empresas do Brasil cresceu 1,3% nas diretorias e 3,5% nos conselhos de administração, nos últimos 12 meses, até junho deste ano.

Os números, apontados pelo levantamento feito pelo Estadão pelo terceiro ano consecutivo, são bastante inferiores se comparados aos 14,5% de aumento nas diretorias e 22,0% nos conselhos, entre maio de 2022 e maio de 2023

Dados da Vigésima edição da Women in Business apontam que o Brasil retrocedeu 2% na porcentagem de mulheres em cargos de liderança e ocupa o 11º lugar no ranking global.

Para Fabiola Molina, especialista em desenvolvimento humano e organizacional, esses números evidenciam um retrocesso nas conquistas de igualdade de gênero no ambiente de trabalho. “A diversidade nas lideranças não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia vital para a inovação e o crescimento das empresas”, afirma Fabiola.

Uma responsabilidade fundamental das empresas é implementar mecanismos que combatam preconceitos e promovam a ascensão das mulheres a cargos de liderança. Utilizar ferramentas como o treinamento em viés inconsciente pode ajudar a identificar e eliminar barreiras ocultas que impedem o progresso feminino, garantindo que as representantes do universo feminino tenham igualdade de oportunidades para alcançar posições de destaque. Mas o principal é trabalhar uma cultura organizacional em que existe o apoio as mulheres em cargos de liderança.

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