Notícias -

Homem é preso acusado de instalar microcâmeras em vestiário de funcionárias terceirizadas da FGV

7 de Fevereiro de 2024

Polícia fez busca e apreensão na casa do suspeito e encontrou imagens de pornografia infantil; fundação repudia 'qualquer forma de assédio, abuso ou discriminação'

Homem é suspeito de instalar duas microcâmeras em tomada e armário de vestiário da FGV | Foto: Reprodução

Um funcionário terceirizado do setor de limpeza de uma unidade da Fundação Getulio Vargas (FGV) localizada na rua Itapeva, na região central de São Paulo, foi preso nesta terça-feira (6/2), acusado de instalar duas microcâmeras no vestiário usado por mulheres que atuam no mesmo setor que ele. Segundo a polícia, ele confessou ter instalado os dois equipamentos.

Após obter uma ordem de busca e apreensão, a polícia foi à casa do suspeito, que tem 55 anos, e encontrou armazenadas em seu computador e em CDs imagens pornográficas de crianças e adolescentes. Em nota, a FGV afirma que notificou a empresa responsável pelo serviço de limpeza e pediu o imediato afastamento do funcionário "para apuração dos fatos, conjuntamente com as autoridades policiais".

Segundo policiais civis, ao menos uma pessoa envolvida no caso afirmou, em depoimento nesta terça-feira, que a primeira câmera foi descoberta há cerca de dois meses, quando funcionárias terceirizadas do setor de limpeza desconfiaram de uma tomada, devido a um fio elétrico que saía dela.

Nesta terça-feira foi encontrada mais uma câmera, esta dentro de um armário do vestiário, e então o funcionário foi conduzido ao 5.º Distrito Policial, na Aclimação (região central da capital), onde teria confessado o crime e foi preso.

Na casa do homem, a polícia encontrou fotos impressas de funcionárias da limpeza e material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, guardado em um computador e em centenas de CDs.

O suspeito deve ser indiciado por três crimes: armazenamento de pornografia infantil, previsto no art. 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estipula pena de até quatro anos de prisão; filmar a intimidade de alguém sem autorização dela, prevista no art. 216-B do Código Penal e que estipula prisão por até um ano; e por crime de stalking ("perseguição", em inglês), previsto no art. 147-A do Código Penal, que estipula pena de até dois anos de prisão.

A polícia tem indícios de que o homem perseguia uma das vítimas - uma funcionária terceirizada do setor de limpeza da FGV-SP - a ponto de supostamente ter colocado um localizador na bolsa dela.

Comentários
Assista ao vídeo