Homem foi preso e disse que recebeu R$ 100 do ex da mulher para ocultar cadáver; polícia apura
Um assassinato foi descoberto de maneira inusitada na BR-060, em Rio Verde, Goiás. Um carro capotou e um corpo, que tinha pés e mãos amarrados e estava enrolado em um lençol, foi arremessado para fora. O motorista saiu correndo pela rodovia, mas acabou preso logo depois e disse que receberia R$ 100 para ocultar o cadáver. A vítima é a fisioterapeuta Larissa Araújo, de 25 anos.
Larissa Araújo, encontrada morta após capotamento de carro, em Rio Verde, Goiás | Foto: Reprodução/Redes Sociais |
O caso aconteceu na segunda-feira (2/10). A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas após o acidente. No local, os agentes encontraram o carro capotado, que levava um botijão de gás e uma televisão, e um corpo que estava nas proximidades.
A vítima estava enrolada em um lençol, o que indicava que já estava morta antes do acidente. O Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção do corpo, que será submetido a exames para comprovar as causas da morte.
Corpo é arremessado de veículo que capotou na BR-060, em Rio Verde, Goiás (Reprodução/Matheus Albernaz/TV Anhanguera) |
Segundo o site G1, o motorista do veículo, Jerfeson Erivaldo da Silva Nascimento, foi preso logo depois e contou que recebeu R$ 100 de um ex-namorado da fisioterapeuta para ocultar o corpo dela. Ele não deu detalhes sobre as circunstâncias da morte de Larissa e depois entrou em contradição nos depoimentos.
O delegado Adelson Candeo, responsável pelas investigações, disse que investiga o envolvimento do ex-namorado da vítima, que chegou a ser ouvido e foi liberado. Por enquanto, a suspeita é que Silva tenha invadido a casa da vítima para roubá-la, a assassinou e fugiu levando o carro dela e o corpo.
“Esse carro era dela, estava na garagem. Os objetos que estavam dentro também eram pertences dela. Acreditamos na possibilidade de ter entrado na casa para fazer um furtar, acabou progredindo para um estupro e retirou o corpo do local para evitar provas”, contou o investigador.
Nenhuma ligação com a vítima
Silva é natural do Rio Grande do Norte e cumpria pena pelo crime de roubo. O delegado ressaltou que ele não tinha nenhum tipo de relacionamento com Larissa. “Ninguém mais esteve na casa da vítima neste dia. Ele foi o único a ser visto saindo da casa”, disse Candeo.
O delegado informou, ainda, que a polícia apura se a fisioterapeuta foi violentada sexualmente, já que uma análise inicial identificou a presença de material genético masculino no corpo dela. Caso o DNA comprove a questão, Silva poderá ser indiciado, além da morte, pelo crime de estupro.
A defesa do suspeito não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
Atualização
Suspeito de assassinar Larissa, afirmou que estuprou a vítima após matá-la
O suspeito de assassinar a fisioterapeuta Larissa Araújo, preso após capotamento do veículo que levava o corpo dela em Rio Verde-GO nesta segunda-feira (2/10), afirmou que estuprou a vítima após matá-la, amarrando os braços e as pernas dela antes de tentar se livrar do corpo.
O suspeito confessou o crime à polícia após apresentar divergências sobre o caso em depoimento na tarde desta segunda-feira, informou a Polícia Civil.
A princípio, ele teria apontado outro homem como o responsável pelo assassinato de Larissa e disse que foi contratado para fazer apenas a ocultação do corpo da jovem.
O homem apontado pelo suspeito como autor do assassinato chegou a ser detido pela polícia, que descartou qualquer envolvimento dele com o crime após diligências.
Depois de "horas de interrogatório", o suspeito preso ontem confessou o crime, informou o delegado responsável pelas investigações.
"Ele assumiu a autoria do crime, disse que entrou na casa da vítima, pulando o muro da frente, ingressando na porta que estava aberta e furtou alguns objetos dela e depois matou ela, disse ainda que amarrou os braços dela e a estuprou", disse o Delegado Caio Martines, em vídeo divulgado pela Polícia Civil de Goiás.
O suspeito afirma que cometeu o crime por ordem de outra pessoa, mas a polícia desconfia que ele tenha agido sozinho.
As investigações do caso continuam e o homem preso, que não teve identidade divulgada, está à disposição da Justiça.