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Garoto de programa é preso suspeito de matar arquiteto e usar o rosto para reconhecimento facial

28 de Setembro de 2023

A polícia foi acionada porque o setor de segurança do banco detectou o braço do suspeito na imagem sustentando a cabeça da vítima

José Henrique, preso por suspeita de homicídio, em Goiânia | Foto: Divulgação/Polícia Civil

Um garoto de programa de 22 anos foi preso, suspeito de assassinar um arquiteto de 64 e usar cartões e celular dele para pagar contas e fazer transferências bancárias, em Goiânia, capital de Goiás. Depois do crime, o rapaz, conforme a investigação, usou o rosto da vítima para tentar validar uma transação bancária por reconhecimento facial e ainda fez uma selfie em frente ao espelho na suíte do arquiteto. A polícia foi acionada porque o setor de segurança do banco detectou o braço do suspeito na imagem sustentando a cabeça da vítima.

O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira, 25, no apartamento do arquiteto, que era também professor universitário Após serem acionados pelo banco em que a vítima era correntista, os policiais foram até o prédio, no setor oeste da capital goiana. Na entrada do edifício, eles se depararam com um rapaz com a mesma tatuagem no braço que aparecia na foto enviada pelo banco.

Eles o detiveram e entraram no apartamento com auxílio da zeladoria do edifício. Como a suíte estava trancada e ninguém respondia aos chamados, os policiais arrombaram a porta. O corpo do arquiteto foi encontrado no banheiro, com um crucifixo na mão e uma corda em volta do pescoço.

Conforme a polícia, o autor do crime forjou o cenário para simular um suicídio. O rapaz teria mentido sobre sua identidade, mas os policiais o identificaram. José Henrique - a polícia não divulgou o nome completo - já era suspeito de crimes de estelionato e furtos.

Ele confessou o crime e o uso do cartão de crédito da vítima para fazer compras de celulares e perfumes no valor de R$ 4 mil em um camelódromo do setor Campinas. Disse ainda que fez transferências via pix com o cartão no valor aproximado de R$ 60 mil. Na tentativa de acessar uma das contas da vítima, usou imagens do rosto do morto para a validação biométrica.

O suspeito disse aos policiais que voltou ao local do crime porque pretendia avisar à polícia que encontrara o corpo e informar que o arquiteto tinha se suicidado. Ele tomou essa decisão quando já estava em sua casa, no Jardim Esmeralda, ao se dar conta de que as câmeras do edifício tinham registrado sua entrada e saída no prédio.

Foto: Reprodução

O garoto de programa foi autuado por latrocínio (matar para roubar). A Polícia Civil aguarda o laudo do exame necroscópico para concluir a investigação.

Luto

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO) divulgou nota de pesar, lamentando a morte do arquiteto. "O CAU/GO lamenta profundamente o falecimento do arquiteto e urbanista Roberto Paiva na última segunda-feira, 25.

Roberto Paiva se graduou em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Goiás, em 1985. Era especialista em Planejamento Urbano e Ambiental pela UnB (Universidade de Brasília). Nesse momento de imensa dor, o CAU/GO expressa as mais sinceras condolências aos amigos e familiares de Roberto Paiva. Esperamos que o caso envolvendo seu falecimento seja prontamente solucionado pelas autoridades competentes
", escreveu.

A reportagem ainda tenta contato com a defesa do suspeito.

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