Canção é uma homenagem ao estilo de vida interiorano de seu avô e as memórias afetivas criadas dentro dessa vivência
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| Foto: Divulgação |
Um dos maiores desafios de um artista, ao tentar fazer com que sua obra impacte cada vez mais pessoas, é tornar as suas experiências pessoais palatáveis para esse público. É fazer com que letra e melodia criem juntas um universo no qual o ouvinte possa entrar e sentir a mensagem passada. “Acerola”, novo single da cantora paulistana Marcela Brandão, cumpre bem esse desafio ao nos convocar para seu mundo e suas vivências.
Mais do que imediatamente remeter ao sabor ácido da fruta, a canção transforma uma vivência pessoal e nostálgica da cantora em uma doce letra com aroma e som da vivência no interior. “É uma homenagem ao meu avô, que é a personificação do sertão para mim e quem me proporcionou toda essa vivência do interior. [A música] conta com uma memória afetiva muito forte e pessoal”, conta Marcela sobre a novidade, que vem acompanhada por um clipe gravado em estúdio e pela divulgação de vídeos dos bastidores em suas redes sociais.
Capa do single “Acerola”)
“É tão íntimo que às vezes eu sinto que só acontece comigo, mas percebi que muita gente hoje tem essas figuras na vida, essas pessoas que trazem a vivência do interior. O Brasil tem memória muito forte com raízes, então todo mundo acaba tendo essa pessoa na vida”, reflete a cantora, inspirada por nomes como Nando Reis e Cássia Eller. Vale sempre lembrar que o Brasil é um país de dimensões continentais, que não se restringem apenas à cultura cosmopolita do eixo Rio-São Paulo. “O que ele ensinou não se aprende na escola, não se pode comprar e nem se pega no ar”, reitera a letra.
Tudo isso ainda reforça a mensagem principal por trás do EP Petricor, do qual a nova canção faz parte e que será disponibilizado em breve. A ideia é que ouvinte saiba mais sobre o universo de Marcela, mas que também possa ter contato com o Brasil “raiz”, com uma sonoridade ampla e, por assim dizer, inclusiva.
“Acerola”, assim como o single anterior “Espécies Raras”, é mais um fruto da parceria entre Marcela e Fred Sommer, com produção musical de Maycon Ananias.
SOBRE MARCELA BRANDÃO
A música está desde cedo nas veias da artista paulistana Marcela Brandão, que começou a tocar violão aos oito anos de idade. Seguindo o desejo de se profissionalizar cada vez mais, pouco tempo depois, começou a estudar na CLAM, escola do Zimbo Trio, além de ter feito preparação vocal com Bruna Caram. Com o passar do tempo, Marcela se tornou cantora, compositora e instrumentista com forte personalidade musical, buscando sempre fazer de seu som o mais amplo possível, conciliando o urbano e o rural.
Além da vivência musical, a cantora também cursou Gastronomia e em Letras, que ampliaram ainda mais a criatividade e as possibilidades da cantora. Começou a carreira tocando em barzinhos e, sempre querendo mais, foi usando suas experiências para consolidar gradativamente a sua linguagem musical, influenciada por um espectro amplo de artistas que englobam o Brasil todo, indo de Cássia Eller a Almir Sater.
Após seu primeiro lançamento, o EP Retorno de Saturno (2020), Marcela foi desenvolvendo sua sonoridade cada vez mais, com a ajuda de produtores e músicos que estavam alinhados com sua proposta de fazer música para o Brasil de forma ampla. Atualmente, ela desenvolve o lançamento de seu novo trabalho Petricor, no qual a cantora acredita ter encontrado a sua musicalidade ideal. Além dos singles “Espécies Raras” e “Acerola”, mais 3 músicas se juntarão à narrativa do novo EP.
FICHA TÉCNICA – “ACEROLA”
Letra: Marcela Brandão e Fred Sommer
Voz: Marcela Brandão
Bateria: Marcelo Vig
Baixo: Guila
Violões: Marco Vasconcellos / Áureo Gandur
Acordeão: Maycon Ananias
Teclados: Maycon Ananias
Arranjo: Maycon Ananias / Áureo Gandur
Produção Musical: Maycon Ananias
Coprodução musical: Clemente Magalhães
Direção musical: Clemente Magalhães
Mixagem: Renato Alscher
Masterização: Carlos Freitas
Estúdio: Corredor 5, Rio de Janeiro
LETRA – “ACEROLA”
Meu avô me ensinou a comer acerola
E colher o que der
Carambola no pé
Feito uma constelação
Meu avô me ensinou a ir sempre na bola
E na vida ter fé
De granola ou café,
Somos no universo um grão
Ver na terra ecoar
Um som de flor
A noite vai revelar
Todo meu interior
Todo céu tem mais cor
Quando se vê na escuridão
E o que ele ensinou
Não se aprende na escola
Não se pode comprar
Nem se pega no ar
É preciso coração
Ver na terra ecoar
Um som de flor
A noite vai revelar
Todo meu interior
Todo céu tem mais cor
Quando se vê
Todo meu interior
Todo céu tem mais cor
Quando se vê na escuridão
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