O mundo do futebol brasileiro foi abalado por um escândalo de manipulação e esquema de apostas envolvendo 15 jogadores das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Os crimes causaram prejuízos milionários às casas de apostas, que foram mais uma vez vítimas de uma quadrilha que armava resultados para acertar os palpites.
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Ao invés de fazer investimentos certos como em ações ou criptomoedas, onde basta consultar o pregão da Bolsa de Valores e a cotação Bitcoin, essas pessoas queriam lucrar apostando em eventos aleatórios. Por isso, causaram um terremoto no mundo esportivo.
A Justiça de Goiás aceitou a denúncia do Ministério Público contra os 16 investigados na operação Penalidade Máxima II. A punição para os jogadores envolvidos pode chegar a seis anos de prisão.
Atletas envolvidos e investigados
Imagina ver que o jogador do seu time de coração forçou um cartão amarelo para beneficiar os apostadores, um esquema de fraude contra as casas de apostas e o futebol brasileiro. Até o momento, mais de 50 jogadores tiveram o nome vinculado às investigações, entre eles: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Paulo Miranda (sem clube), Igor Cariús (Sport), Victor Ramos (Chapecoense), entre outros atletas de equipes da Série A e da Série B.
Todos os jogadores enfrentam acusações de violação do Estatuto do Torcedor, com penas variando de dois a seis anos de reclusão e multa. A investigação revelou que os jogadores receberam ou prometeram vantagens financeiras para alterar os resultados de partidas de futebol.
Casos continuam sob investigação
Eduardo Bauermann, por exemplo, é acusado de aceitar vantagens financeiras para alterar o resultado das partidas entre Santos x Avaí e Botafogo x Santos. No primeiro caso, ele recebeu R$ 50 mil e, no segundo, aceitou a promessa de um pagamento não especificado, mas acabou não cumprindo sua parte do acordo.
Gabriel Tota, por sua vez, foi acusado de dar ou prometer vantagens financeiras em partidas entre Juventude x Fortaleza e Goiás x Juventude. Ele teria agido em conjunto com outros indivíduos para garantir que Paulo Miranda recebesse cartões amarelos nessas partidas.
Os demais jogadores enfrentam acusações semelhantes, envolvendo a aceitação ou promessa de vantagens financeiras para manipular resultados de partidas. Em muitos casos, os pagamentos ocorreram antes dos jogos, e as ações combinadas foram executadas conforme o planejado.
Quatro jogadores envolvidos no esquema admitiram sua participação e não foram denunciados: Kevin Lomónaco (Bragantino), Moraes (Atlético-GO), Nikolas Farias (Novo Hamburgo-RS) e Jarro Pedroso (Inter-SM). Esses jogadores fizeram acordos com o Ministério Público e, em troca da colaboração nas investigações, não foram denunciados. Eles também aceitaram participar de palestras e atividades educativas, promovidas pela Justiça, sobre a ética no esporte e as consequências da manipulação de resultados.
Efeito nos clubes e no futebol
Os clubes envolvidos nos jogos manipulados enfrentam uma série de consequências. Além de afastarem os jogadores acusados de envolvimento no esquema, os times estão passando por uma reestruturação interna, revisando políticas e códigos de conduta para evitar a reincidência de tais episódios.
As investigações também geraram desconfiança entre patrocinadores e torcedores, o que pode impactar a receita dos clubes e dificultar a atração de novos investimentos.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está acompanhando o caso e pode impor sanções aos atletas, como suspensão ou até banimento do futebol. As punições podem ser mais severas em caso de reincidência ou de atos que prejudiquem diretamente o resultado das competições.
A Operação Penalidade Máxima II é um alerta para o futebol brasileiro e mostra a necessidade de uma atuação efetiva na prevenção e combate à manipulação de resultados e esquemas de apostas. É essencial que clubes, atletas e instituições envolvidas no esporte adotem práticas mais rígidas e transparentes para garantir a integridade do futebol e resgatar a confiança dos torcedores e investidores.