Colaboradores - Rodrigo Pagliani

Governo de SP celebra 47 anos da Defesa Civil com solenidade no Palácio dos Bandeirantes

18 de Abril de 2023

Cerimônia com a participação do governador Tarcísio de Freitas homenageia profissionais que atuaram em São Sebastião e em missão na Turquia 

Apresentador Rodrigo Pagliani, um dos homenageados, e o governador Tarcício de Freitas.

O Governo de São Paulo promoveu nesta última segunda-feira (17/04) uma solenidade em celebração aos 47 anos de atuação da Defesa Civil do Estado. A cerimônia teve a participação do governador Tarcísio de Freitas e da primeira-dama do Estado de São Paulo, Cristiane Freitas, em caráter de valorização e agradecimento a profissionais e voluntários que atuaram nas grandes operações de apoio a vítimas das chuvas em São Sebastião, além de um resgate na região de Sorocaba e da missão humanitária enviada à Turquia após um terremoto devastador no início do ano. Entre os homenageados estava o apresentador do Cidade Alerta Interior, da Record TV, o jornalista Rodrigo Pagliani. 

"A cada dia que passa, eu admiro mais os integrantes do nosso Sistema de Proteção e Defesa Civil, essa turma de colete laranja a quem eu quero pedir uma grande salva de palmas", afirmou o governador em discurso. "O que eu tenho visto é um profissionalismo muito grande, um profissionalismo gigante, excelência técnica e dedicação. Horas de trabalho fora do expediente e uma vontade muito grande de estar atento ao que está acontecendo em relação a novas tecnologias para emitir alertas à população e trabalhar em coordenação com as Defesas Civis Municipais. É um time que topou se doar e fazer a diferença", acrescentou Tarcísio.

Rodrigo Pagliani recebe a sua medalha de Gilberto Kassab

A atuação da Defesa Civil em 2023 foi ainda mais importante com o trabalho de resgate e salvamento após as chuvas extremas no Litoral Norte durante o carnaval. O maior temporal já registrado no país deixou um rastro de mortes e destruição em São Sebastião, mas a resposta imediata do Governo de São Paulo ajudou a retirar mais de mil pessoas das áreas de risco, ação em que os agentes da Defesa Civil foram decisivos para proteger vidas e auxiliar a cidade a restabelecer serviços essenciais. 

Poucas semanas antes, a Defesa Civil do Estado enviava à Turquia oficiais e bombeiros com experiência em atendimento em crises humanitárias para buscas e resgates de vítimas do terremoto, que também atingiu parte da Síria. Os agentes paulistas se juntaram a outros profissionais brasileiros que também ajudaram a instalar a população afetada pelos tremores em abrigos e na distribuição de água, alimentos e medicamentos. 

As inovações para resposta a grandes catástrofes e prevenção de acidentes também fazem parte do cotidiano da Defesa Civil de São Paulo. A instituição está elaborando e implementando uma série de medidas emergenciais e também de longo prazo para mitigar impactos de desastres. Um grupo de trabalho atua na modernização do sistema de monitoramento meteorológico de São Paulo, instalação de sirenes em áreas de risco e aprimoramento do sistema de alertas por meio de telefones celulares. 

A instituição ainda foi responsável pelo investimento de R$ 41 milhões, em 2023, para convênios de obras preventivas e de recuperação em municípios paulistas. E também assinou outros 48 acordos para oferecer novos equipamentos e veículos às Defesas Civis Municipais – com 412 cidades já atendidas, a meta é equipar todos os 645 municípios até o final deste ano.
 
Criada em 9 de fevereiro de 1976, a Defesa Civil do Estado de São Paulo desempenha um papel imprescindível para toda a população paulista em situações de desastres naturais ou decorrentes de intervenção humana. Por meio de um centro de gerenciamento de emergências, a Defesa Civil monitora as condições climáticas e emite alertas em todas as regiões do estado, inclusive para risco de incêndios nos períodos de estiagem.

"A essência da Defesa Civil, de ajuda humanitária, de você ajudar as pessoas é uma coisa que faz parte da nossa vida. É estar 24 horas à disposição", completou o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador de Proteção e Defesa Civil, Coronel PM Henguel Ricardo Pereira.

No Estado de São Paulo, a Defesa Civil teve sua origem em 1976, após acidentes de grandes proporções como as intensas chuvas ocorridas em Caraguatatuba (1967) e os incêndios dos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974). Tais eventos demonstraram a necessidade da criação de um órgão capaz de coordenar os diferentes agentes públicos bem como promover sua integração com a comunidade.

Reorganizada em 1995, a Defesa Civil do Estado de São Paulo atua prevenção de desastres naturais ou, na impossibilidade da prevenção, na minimização de seus efeitos visando a preservação de vidas.

Atualmente, a Defesa Civil do Estado de São Paulo conta com uma Coordenadoria Estadual ligada diretamente ao gabinete do Governador do Estado. A coordenadoria estadual constitui-se também no órgão central do Sistema de Defesa Civil do Estado de São Paulo, que conta ainda com coordenadorias regionais estrategicamente distribuídas pelo estado a fim de suplementar as ações municipais.

As ocorrências de maior destaque foram:

· 1983 - Inundações do Vale do Ribeira, Rio Paraná e São Paulo, que atingiram 86 municípios, causando 32 mortos e mais de 65.500 desabrigados;

· 1984 - Incêndio de Vila Socó, em Cubatão, com 93 mortos e 1.500 desabrigados;

· 1985/1986 - Grande Estiagem que afetou 199 municípios, com o desenvolvimento de programas que atenderam mais de 316.000 pessoas;

· 1985/1986 - Fenômeno "Buraco de Cajamar", que atingiu 480 residências desabrigando 2.400 pessoas;

· 1987 - Inundações em 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, que deixou 53 vítimas fatais e mais de 21.000 desabrigados;

· 1995 - Explosão de depósito clandestino de fogos de artifício no Bairro de Pirituba, em São Paulo, que provocou 15 mortes e deixou 24 pessoas feridas;

· 1996 - Desabamento de parte do Shopping de Osasco, com 37 mortos e 380 feridos;

· 1996 - Queda do avião Fokker 100 da TAM em São Paulo, com 99 vítimas fatais;

· 1997 - Enchentes no Vale do Ribeira, que deixaram 4 mortos e mais de 15.400 pessoas desabrigadas;

· 1998 - Novamente enchentes no Vale do Ribeira, com mais de 6.400 desabrigados;

· 1998 - Desabamento do teto da Igreja Universal do Reino de Deus, em Osasco, com 24 mortos e 539 feridos;

· 1998 - Acidente rodoviário do Município de Araras, onde o choque de caminhões de combustível com ônibus de romeiros deixou 54 vítimas fatais e 39 feridos;

· 2000 - Enchentes e Escorregamentos de terra no Vale do Paraíba, que causaram 11 vítimas fatais e mais de 6.500 pessoas desabrigadas;

· 2005 – Escorregamentos em São Bernardo do Campo, que resultaram em 09 vítimas fatais

· 2007 - Desabamento nas obras da estação Pinheiros do Metrô, que causaram 07 vítimas fatais;

· 2007 - Queda do Airbus A320 da TAM em São Paulo, com 199 vítimas fatais;

· 2010 - Inundação em São Luiz do Paraitinga que resultou em 01 vítima fatal, 97 desabrigados e 881 desalojados;

· 2011 – Inundações no Vale do Ribeira que resultou em 4500 desabrigados e 1500 desalojados;

· 2013 – Inundações em Cubatão e corrida de massa na Rodovia Imigrantes e ETA Pilões, causando 1 óbito, 473 desabrigados e 1200 desalojados;

· 2014 - Inundação e corridas de massa em Itaóca, que resultaram em 25 óbitos, 2 desaparecidos, 21 desabrigados e 332 desalojados;

· 2014 - Estiagem em Tambaú que comprometeu o sistema de abastecimento de água do município, afetando toda a população (cerca de 22.000 habitantes) e fundamentando a decretação de situação de emergência.
. 2020 - Na madrugara do dia 3 de março de 2020, o temporal que caiu na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, provocou deslizamentos de terra em morros da região e deixou 45 mortos. Dentre as vítimas, estavam dois bombeiros que trabalhavam nas buscas em Guarujá.
. 2023 - na madrugada de 18 de fevereiro de 2023, fortes chuvas que caíram no Litoral Norte (682mm em apenas 24hs) deixaram 65 mortos e 28 feridos.

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