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Câncer colorretal pode ser evitado com mudanças no estilo de vida

13 de Março de 2023

Exames regulares reforçam as ações para detecção precoce e prevenção deste tipo de câncer, o segundo tipo mais frequente no Brasil

O mês de março destaca a conscientização ao câncer colorretal, o segundo tipo em incidência tanto para homens quanto para mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), que estima o surgimento de 45 mil novos casos em 2023 no país. Mudanças no estilo de vida e exames regulares potencializam as chances de se evitar o surgimento da doença.

O câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de cólon, e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus. Este tipo de câncer também é uma das principais causas de morte por câncer em todo o mundo, mas muitos casos podem ser prevenidos ou tratados com sucesso se detectados precocemente. Segundo especialistas, a prevenção do câncer colorretal começa com mudanças no estilo de vida e exames regulares. 

“Uma dieta rica em fibras, frutas, verduras e cereais integrais, com baixo consumo de carne vermelha e processada, pode ajudar a reduzir o risco de câncer colorretal. Também é importante manter um peso saudável, evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool”, esclarece a oncologista clínica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dra. Amanda Karani.

Além disso, exames regulares são fundamentais para a detecção precoce e prevenção do câncer colorretal. Entre os mais comuns:

- O teste de imunoquímica fecal (FIT) é também chamado de teste imunoquímico de sangue oculto nas fezes (FOBT). Ele reage a uma parte da hemoglobina humana, encontrada nos glóbulos vermelhos do sangue. Quando há resultado positivo para sangue oculto, é solicitada uma colonoscopia. Embora o sangue nas fezes possa ser de câncer ou pólipos, também pode ter outras causas, como úlceras, hemorroidas ou outras condições clínicas.

- O DNA das fezes, que analisa seções anômalas do DNA das células da região. As células cancerosas frequentemente contêm mutações no DNA em determinados genes.

- A Colonoscopia permite observar toda a extensão do reto e do cólon com um colonoscópio. Esse instrumento tem uma câmera de vídeo na extremidade e está conectado a um monitor para visualização do interior do cólon. Se houver áreas com aspecto suspeito, o especialista pode recolher amostras de tecido para avaliação — a chamada biópsia.

- A Colonoscopia virtual é uma espécie de tomografia computadorizada do cólon e do reto, que produz imagens seccionais detalhadas do corpo humano. Na colonoscopia virtual, um software reproduz, em imagens 2D e 3D, o interior do cólon e do reto. Assim, permite a localização de pólipos e o diagnóstico do câncer colorretal.

- A sigmoidoscopia flexível é semelhante à colonoscopia. No entanto, não examina todo o cólon. Nesse exame, o sigmoidoscópio (um tubo flexível de 60 cm, com uma pequena câmera de vídeo na extremidade) é introduzido pelo ânus e reto até a parte inferior do cólon. Deste modo, ele permite visualizar o interior do reto e parte do cólon e, assim, detectar — e até mesmo remover — qualquer anormalidade.

A recomendação é que as pessoas a partir dos 50 anos ou com histórico familiar de câncer colorretal ou pólipos, realizem pelo menos um exame de colonoscopia a cada 10 anos. Segundo a oncologista, “a cirurgia remove o tumor, mas há possibilidade de serem realizados tratamentos adicionais como radioterapia e quimioterapia, além de outros tipos de medicamentos mais modernos. A pessoa deve procurar ajuda imediata ao notar sintomas como desconforto abdominal, cólicas, dores abdominais, emagrecimento e sangramento nas fezes. Esse é um tipo de câncer com alta chance de cura se identificado no estágio inicial”, conclui a Dra. Amanda Karani.

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