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IGMI-R Abecip desacelera no primeiro mês de 2023 e o acumulado de 12 meses fica estável

24 de Fevereiro de 2023

A variação mensal do IGMI-R/ABECIP voltou a desacelerar no primeiro mês de 2023, registrando 0,86% (ante 1,05% no mês anterior), enquanto o resultado acumulado em 12 meses ficou idêntico ao de dezembro de 2023 (15,06%). Entre as dez capitais analisadas pelo índice, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte apresentaram resultados muito próximos aos registrados no mês anterior, tanto em termos da variação mensal quanto da acumulada em 12 meses.

Entre as demais capitais analisadas, Fortaleza, Porto Alegre e Goiânia tiveram avanços na variação acumulada em 12 meses, aproximando seus respectivos resultados da média nacional, enquanto Brasília e Salvador registraram desacelerações. Apesar do resultado mais distante da média nacional (ainda em termos da variação acumulada em 12 meses), Fortaleza continua convergindo para ela, ainda que lentamente.

As incertezas do mercado, decorrentes da definição do novo arcabouço fiscal e seus impactos sobre a política monetária são refletidas nas expectativas dos empresários do setor de Construção Civil, como captadas pelos últimos resultados da Sondagem do setor realizada pelo IBRE/FGV. Como pode ser visto no gráfico abaixo, apesar da evolução positiva do Índice da Situação Atual, o Índice de Expectativas Futuras sofreu nova queda em janeiro.

Enquanto o Índice da Situação Atual ainda reflete um bom momento das vendas do setor, o Índice de Expectativas sofre a influência da percepção de uma queda acentuada na demanda prevista, como mostra o gráfico abaixo.

Esse resultado reflete a expectativa de uma desaceleração no nível de atividades e seus efeitos no mercado de trabalho ao longo de 2023. No entanto, uma avaliação robusta desses efeitos sobre a evolução dos preços dos imóveis residenciais ao longo do ano ainda depende da definição de alguns fatores fundamentais, com destaque para o equacionamento do desequilíbrio fiscal e seus efeitos sobre as condições de financiamento em geral do lado interno, e dos efeitos da inflação nas principais economias mundiais do lado externo.

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