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Materiais escolares tem alta média de 13,95%

16 de Janeiro de 2023

cirp recomenda foco na qualidade e busca em lojas especializadas para garantir melhor custo-benefício

Entidades apontam alta significativa do custo dos materiais escolares este ano

O preço dos materiais escolares deve subir, em média, 13,95% em relação ao preço praticado em dezembro de 2021, de acordo com pesquisa Procon-SP.  Levantamento feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) aponta ainda que itens como cadernos e agendas devem ter reajustes entre 20% e 30%, enquanto lápis, borrachas, canetas, mochilas e estojos sofrerão aumentos de 15% a 20%.  

A recomendação da entidade é pesquisar preços sem esquecer a durabilidade. “O consumidor deve procurar lojas especializadas e levar em consideração a qualidade do material em detrimento do preço, bem como a diversidade de produtos para reduzir o custo final do material”, indica Benedito José Caturelli, diretor da Distrital Centro da Acirp e sócio diretor da papelaria MecToca. 

O diretor explica que a indústria de papel e de derivados de petróleo (como plásticos) foram as mais afetadas pela situação internacional, especialmente por causa da alta do dólar e da guerra da Rússia com a Ucrânia, que encareceu o barril de petróleo. 

A Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) informa que, além da moeda americana, há ainda a alta dos combustíveis que compromete o custo do frete e o preço final de venda dos produtos. Já a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) destaca, por sua vez, o peso dos tributos no encarecimento dos materiais escolares - os impostos chegam a equivaler a 44,75% do total pago pelo consumidor final. 

Segundo Caturelli, poucas instituições de ensino hoje colocam itens nas listas sem justificar o uso dos mesmos, mas os pais precisam estar atentos. Outro fator que deve ser levado em consideração é a venda direta dos materiais pelas escolas, que pode implicar na chamada venda casada, que é ilegal. “Isso desrespeita as normas de comercialização em relação à Receita Estadual e também Federal, pois os pais se sentem na obrigação em adquiri-los junto às mesmas”. 

Os dados do Instituto de Economia “Maurílio Biagi”, apontam que Ribeirão Preto possui hoje 318 empresas que vendem itens de papelaria.

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