Formaturas em São Paulo e Curitiba lançam novos talentos femininos da área de TI.
As mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado de tecnologia, mas ainda são minoria nessa área. Diversas pesquisas realizadas por consultorias e empresas de recrutamento mostram que a disparidade ainda é grande: enquanto dados mais otimistas indicam que mulheres ocupam cerca de 30% das vagas no setor, outros levantamentos falam em menos de 15%. Desde o último dia 8, no entanto, mais profissionais mulheres estão prontas para ingressar no mercado de tecnologia. Nessa data, as turmas de São Paulo e Curitiba do projeto TechGirls receberam seus certificados de conclusão após um programa de treinamento para atuar no mercado de TI.
São Paulo | Foto: Divulgação |
A fundadora das TechGirls, Gisele Lasserre, explica que a iniciativa é um projeto de impacto socioambiental que reutiliza computadores obsoletos para ensinar desenvolvimento de software para mulheres carentes. As aulas são gratuitas e presenciais, com a aplicação de uma metodologia própria: a educação afetiva para o ensino de tecnologia. No programa de três meses, as alunas seguem por uma jornada de imersão digital que começa com a produção de artesanato a partir do lixo eletrônico. Na sequência, aprendem empreendedorismo digital, fazem um curso de manutenção de notebooks e, por fim, aprendem desenvolvimento de software — uma das habilidades mais procuradas em um mercado que segue aquecido.
“Nós colecionamos algumas histórias de sucesso de alunas que fizeram a imersão digital e, na sequência, foram absorvidas pelo mercado, que realmente está com muita demanda”, conta Giselle. Ela destaca, ainda, que muitas mulheres acabam entrando “de cabeça” no setor de tecnologia pela grande quantidade de vagas para trabalho remoto, que ajudam a conciliar as atividades profissionais com outras demandas pessoais e familiares.
Curitiba | Foto: Divulgação |
Após a formatura neste início de dezembro, o projeto TechGirls vai abrir novas turmas em suas quatro escolas, localizadas em Curitiba, São Paulo, Taubaté e Florianópolis. As aulas começarão em março, mas as inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site techgirls.com.br.
A fundadora do projeto convida, ainda, as empresas de TI a apoiar a iniciativa. “Há escassez de profissionais para trabalhar e, em 3 meses, conseguimos entregar alunas já bem desenvolvidas para atuarem na área de tecnologia da informação”, lembra. Mais detalhes sobre como ajudar estão disponíveis no site. Também é possível entrar em contato pelas páginas das TechGirls no Instagram e Facebook.