Nutricionista explica os benefícios da especiaria milenar e fala se existe ou não riscos para a saúde
Malagueta, Dedo de Moça, Jalapeño, Biquinho, Caiena e do Reino são os tipos mais comuns e populares da pimenta. Muito utilizada no preparo das refeições, como temperos, na salada ou na decoração de pratos salgados, o alimento é visto por muitos como rico nutricionalmente ou que pode causar reações adversas no corpo, sendo a mais comum a alérgica. Para explicar os mitos e verdades sobre a especiaria, a coordenadora do curso de Nutrição do UNINASSAU -- Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Fabiana Freire, explica se o consumo pode fazer bem a saúde e se existe alguma restrição.
Segundo ela, em geral, esse alimento possui valor nutricional e os benefícios para a saúde do corpo variam de acordo com o tipo de pimenta. “As mais ardidas contêm capsaicina, que possui efeito positivo na diminuição de infarto e AVC, principalmente, em quem não tem histórico de hipertensão. Lógico que esse benefício vem junto com uma alimentação saudável, rica em peixes, azeites, frutas, legumes e verduras”, comenta.
Entre as maiores verdades sobre o consumo da pimenta está a aceleração do metabolismo, o que pode ajudar na perda de peso, possui capsaicina, substância responsável pelo ardor, tem poder antioxidante, ajuda na prevenção do envelhecimento precoce e ainda tem compostos bioativos, como carotenoides e polifenóis, principalmente, flavonoides.
“Algumas pesquisas ainda informam que o consumo regular combate ao câncer e diminui o colesterol ruim, o LDL. A capsaicina tem poder anti-inflamatório e atua bem na mucosa do estômago, ajudando em problemas intestinais. Mas é uma verdade que em casos de gastrite e úlceras é melhor evitar o consumo até controlar a doença”, ensina Fabiana.
Não é mito o fato de que condimentos como ketchup apimentado, molhos industrializados e o consumo em excesso de pimenta podem causar inflamação no fígado. “Entre os principais efeitos colaterais está o aumento da temperatura, dores de cabeça, dores de estômago, queimaduras no esôfago ou até mesmo ataque de asma em quem tem predisposição. E, para quem é alérgico, não recomendo o consumo. Para quem exagerou e sente a ardência na língua, uma dica é ingerir leite ou seus derivados, como o iogurte, para reduzir essa sensação desconfortável”, finaliza.