Prova foi marcada por um grave acidente envolvendo Djalma Fogaça, que escapou com uma suspeita de fratura na clavícula
Largada corrida 1 |
Vanderley Soares/Copa Truck |
Terminou de forma espetacular a temporada 2022 da Copa Truck, o maior campeonato do mundo entre caminhões. E o título ficou com o paranaense Wellington Cirino (Mercedes #6), da ASG Motorsport, depois de um campeonato definido praticamente na última volta no Autódromo de Goiânia.
O vice-campeonato acabou ficando com Felipe Giaffone (Iveco #4), o paulista começou o domingo desacreditado e por pouco não conquistou o troféu.
A primeira prova em Goiânia deu a entender que Cirino estava fora da disputa pelo título. Isso porque a Corrida 1 foi vencida pelo companheiro Roberval Andrade (Mercedes #15), com Beto Monteiro (Volkswagen #88) em segundo, e assumindo a liderança da tabela, com 249 pontos contra 246 de Roberval.
Cirino, por sua vez, não fez uma boa prova, e foi chamado aos boxes por excesso de fumaça, voltou à pista e garantiu ainda um importantíssimo décimo lugar que lhe colocou com 244 pontos, em terceiro na tabela.
Saindo dos boxes na Corrida 2, as chances de Cirino haviam diminuído muito, já que seus rivais diretos largariam na parte da frente do pelotão. Mas um acidente no início da prova mudou totalmente o cenário pelo título.
Logo na Curva 2, Monteiro tocou em Roberval na disputa pelo quinto posto. Monteiro escapou e voltou, mas Roberval rodou e ficou no meio da pista. Djalma Fogaça (Mercedes #71) veio com o pé embaixo e acertou a parte traseira do caminhão de Roberval e decolou.
O caminhão caiu na pista de ponta cabeça, mas a segurança dos caminhões da Copa Truck se mostrou de novo eficiente. Djalma Fogaça foi retirado pela equipe de resgate e encaminhado com suspeita de fratura na clavícula para ser avaliado no hospital local.
Enquanto a equipe de resgate tirava o caminhão de Djalma da pista, os comissários de prova excluíram Beto Monteiro da Corrida 2 por ter causado o acidente que tirou Roberval. Assim, o título ficou na pista entre Giaffone e Cirino, enquanto Monteiro torcia de fora.
Após a relargada, enquanto Cirino escalava o pelotão, Giaffone lutava para se manter na briga pela vitória. André Marques (Volkswagen #77) assumiu a ponta depois de passar Adalberto Jardim (Mercedes #5) e Giaffone caiu para terceiro.
Cirino por sua vez manteve a calma na sua escalada do pelotão, se livrando dos enroscos e ganhando posições a cada volta, conforme saiam as punições e outros caminhões que travavam duelos à sua frente.
Com Cirino já entre os 10 primeiros, Giaffone precisava passar Jardim para sonhar com o título, mas o estouro do motor de Danilo Alamini (Volkswagen #00) faltando três minutos para o final definiu a vitória de André Marques e o título de Cirino.
O Marreco Voador aos 47 anos comemorou muito o título com o Mercedes #6 no primeiro ano da ASG Motorsport.
No final das contas, Cirino marcou 255 pontos, contra 252 de Giffone. Monteiro fechou o campeonato em terceiro (249 pontos), à frente de Roberval (246). Entre as marcas de caminhões, a Volkswagen foi campeã com 588, em segundo ficou a Mercedes-Benz (576). Iveco fez 435 pontos, a Volvo fez 79 e a Scania, 7.
E se Danilo Alamini já tinha chegado a Goiânia com o título garantido na Super Truck, quem disputou o vice-campeonato foi Felipe Tozzo (Iveco #57), Raphael Abbate (Iveco #26), Fabio Fogaça (Mercedes #27) e Evandro Camargo (Mercedes #69).
Depois de duas provas extremamente competitiva entre esses pilotos, quem se deu melhor no final foi Felipe Tozzo. O campeão da Super Truck em 2021 fez um quinto lugar e um segundo, fechando com 232 pontos, dois a mais que o terceiro na tabela Raphael Abbate, que fez um segundo e um terceiro lugar em Goiânia. Evandro Camargo venceu a primeira prova e foi sexto na segunda, terminou com 202 pontos. Fogaça não marcou pontos no fim de semana e ficou com 184.
Os resultados completos e a pontuação final se encontram no PDF anexado neste release.