Modelo poderá responder por homicídio doloso; segundo a polícia, ele dirigia em alta velocidade e não tinha carteira de habilitação
A Justiça do Rio de Janeiro cumpriu na manhã desta quarta-feira (3/8) o mandado de prisão contra o modelo Bruno Krupp, 25 anos. O influenciador está mantido sob custódia em unidade hospitalar devido à acusação de ter atropelado e matado o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na capital carioca. As informações são do GZH.
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Imagens de câmera de segurança mostram momento em que Bruno passa em alta velocidade na orla da praia da Barra, na noite do acidente | Foto: Reprodução |
De acordo com as autoridades, às 23h de sábado (30/7), Bruno pilotava uma moto sem placa e estava dirigindo em alta velocidade e sem habilitação na Avenida Lúcio Costa Barra, na Barra da Tijuca, quando atingiu o adolescente.
Pouco antes da colisão, João estava acompanhado de sua mãe e ambos atravessavam a avenida na faixa de pedestre. Segundo um policial militar, com o impacto, a perna esquerda do adolescente foi arrancada e arremessada 50 metros à frente do acidente.
O estudante chegou a ser socorrido no local do acidente e sua perna foi resgatada e colocada em uma caixa térmica com gelo para ser preservada. Em seguida, João Gabriel foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde faleceu de parada cardíaca durante a realização de uma cirurgia.
O influenciador também foi encaminhado para o mesmo hospital e recebeu alta no domingo (31/7). Apesar da liberação médica, ele precisou ser internado novamente, mas em um hospital particular no Méier, na zona norte do Rio de Janeiro. Foi no local que o modelo foi abordado por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) na manhã desta quarta-feira. Bruno ficará sob custódia na unidade de saúde até liberação dos médicos.
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Bruno Krupp e a namorada Sarah Poncio | Foto: Reprodução/ Redes sociais |
A juíza Maria Isabel Pena Pieranti, do plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi a responsável por decretar a prisão preventiva de Bruno. De acordo com a magistrada, o modelo não é "novato nas sendas do crime" e sua liberdade "comprometeria a ordem pública, sendo a sua constrição imprescindível para evitar o cometimento de crimes de idêntica natureza, podendo-se dizer que a medida visa também resguardar a sociedade de condutas que ele possa vir a praticar".
Segundo depoimento de um policial militar que estava no local do acidente, o influenciador não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Inicialmente, Bruno era investigado por lesão corporal culposa provocada por atropelamento, além de falta de habilitação e proibição de dirigir veículo automotor.
Com a morte de João Gabriel, o modelo poderá responder por homicídio doloso (crime que ocorre quando o agente tem intenção ou assume a consequência de matar).