Colunistas - Rodolfo Bonventti

Um grande pioneiro da televisão brasileira

11 de Julho de 2022
Walter Forster e Vida Alves na primeira novela em 1951

Walter Gerhard Forster, ou simplesmente Walter Forster, começou sua carreira artística como locutor na Rádio Educadora de Campinas, com apenas 18 anos de idade.

Em 1937, com 20 anos, mudou-se para São Paulo, sendo contratado pela Rádio Bandeirantes, primeiro como locutor e depois como redator.

Em 1945, foi para a Rádio Difusora de São Paulo, atuando também na Rádio Tupi, até 1952. Também trabalhou na Rádio Excelsior e na Rádio Nacional, e em 1968 foi contratado pela Rádio Difusora.

Walter Forster foi um dos pioneiros da Televisão Brasileira, participando ativamente de sua inauguração em 18 de setembro de 1950. Ele ajudou a formar o elenco para a Televisão Tupi, a PRF3.

Foi dele a idéia de realizar a primeira novela para a televisão, “Sua Vida Me Pertence”, em 1951, onde fazia um triângulo amoroso com as atrizes Vida Alves e Lia de Aguiar e onde aconteceu o primeiro beijo da televisão brasileira, entre ele e Vida Alves.

Ele atuou, dirigiu e escreveu novelas e programas para o rádio e para a televisão. Ganhou cinco vezes o Prêmio Roquette Pinto, como melhor ator como melhor galã. Atuou também na TV Paulista, o canal 5 de São Paulo, onde produziu e dirigiu o programa “O Mundo é das Mulheres“, comandado por Hebe Camargo.

Como ator, ele fez muitas novelas, sendo nove na TV Tupi, com destaque para “Beto Rockfeller”; “As Bruxas”; “Vitoria Bonelli”; “Ídolo de Pano” e “O Profeta”. Também fez tres minisséries na TV Cultura: “Maria Stuart”; “Casa de Pensão” e “Paiol Velho“, e duas na TV Globo: “Avenida Paulista” e “Memórias de um Gigolô“. Atuou também na TV Manchete na novela “Helena” em 1987 e no SBT no remake de “Sangue do Meu Sangue” em 1995.

Walter também fez sucesso na versão nacional de “Acredite Se Quiser”, onde era apresentador, na TV Manchete, em 1983. Também atuou muito no Cinema, participando de cerca de 20 filmes, com destaque para “Toda Donzela Tem um Pai Que É Uma Fera” em 1966; “As Cariocas” também em 1966; “O Homem Nu” em 1968; “A Arte de Amar…Bem” em 1970; “Roberto Carlos a 300 Quilômetros Por Hora” em 1971; “Amor, Estranho Amor” em 1982; “Além da Paixão” em 1985 e “Eu“, em 1987.

Walter Forster faleceu em 3 de setembro de 1996, de um ataque cardíaco, na cidade de São Paulo, aos 79 anos de idade, mas deixou uma carreira exemplar de quem fez um pouco de tudo na TV e no Rádio, e com muita competência.

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