Teste desenvolvido pela Multigene é capaz de verificar o comprimento dos telômeros e as causas que podem estar acelerando o encurtamento dessas estruturas, que possuem grande influência sobre o processo de envelhecimento, estando diretamente relacionadas ao surgimento de doenças e sinais da idade.
Rugas, manchas, flacidez e outros sinais da idade nos dão indícios sobre a maneira e a rapidez com que estamos envelhecendo. Mas o que poucos sabem é que nossas células são capazes de mostrar o processo de envelhecimento antes mesmo que as primeiras alterações na aparência comecem a aparecer. Isso é possível através da observação dos telômeros, que são apontados como fatores-chaves para o envelhecimento de todo o organismo. "Os telômeros são pequenas estruturas nas extremidades dos cromossomos que agem como capas protetoras do material genético, como as pontas de plástico no final dos cadarços. No entanto, conforme as células se multiplicam para promover a regeneração dos tecidos do organismo, o comprimento dos telômeros é reduzido. Com o passar do tempo, os telômeros ficam tão curtos que não são mais capazes de proteger o material genético, o que faz com as células parem de se reproduzir, percam sua função e atinjam um estado de senescência, isto é, de envelhecimento, que é sentido em todo o organismo. Atualmente, sabemos que telômeros encurtados têm sido associados a um risco maior de doenças, como câncer e doenças cardiovasculares, e surgimento precoce dos sinais do envelhecimento, como rugas e cabelos brancos", explica o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética e diretor geral da Multigene. É claro que não é possível acompanharmos o encurtamento dos telômeros em casa. Por isso, a Multigene criou um exame genético para codificação dos telômeros que permite identificar a situação dessas estruturas e os danos que estão causando seu encurtamento de forma a contribuir na elaboração de estratégias para retardar o envelhecimento e prevenir doenças.
Telômeros |
De acordo com o Dr. Marcelo, o encurtamento dos telômeros é um processo natural que ocorre simplesmente por estarmos vivos. “Nascemos com aproximadamente 14 mil bases de telômeros e aos 80 anos temos cerca de 4 a 5 mil bases de DNA nos telômeros. Essas lesões aos telômeros são causadas por processos naturais do organismo, como a ação de radicais livres gerados para produção de energia celular e os metabólitos de hormônios”, explica o especialista. No entanto, alguns hábitos podem acelerar o encurtamento dos telômeros. “Uma alimentação inadequada, o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcóolicas, o sedentarismo, a falta de sono de qualidade e uma série de outros maus hábitos podem gerar uma produção exagerada de radicais livres pelo organismo que o nosso sistema antioxidante natural não é capaz de combater, provocando assim um estado de estresse oxidativo que promove alterações nas funções das células e mutações no DNA celular. Para evitar que isso aconteça, o organismo aumenta a produção de enzimas que atuam no sistema de reparo do DNA. Entretanto, quando a quantidade de danos ao DNA é excessiva, a célula entra em apoptose (morte celular), um mecanismo de defesa para evitar a ocorrência de mutações que possam levar ao câncer e outras doenças. A célula morta precisa ser reposta, o que acelera a divisão das células e, consequentemente, o encurtamento dos telômeros”, afirma.
Ou seja, quanto menores forem os danos causados ao DNA, menor será a necessidade das células se dividirem, o que fará com que os telômeros encurtem mais devagar, assim mantendo o funcionamento adequado das células com consequente desaceleração do processo de envelhecimento e redução do risco de doenças. E entender a genética é uma excelente maneira de reduzir esses danos. “A genética está diretamente envolvida com a velocidade do encurtamento dos telômeros por influenciar fatores como a qualidade do sistema de reparo do DNA, o estilo de vida e até mesmo a capacidade do organismo de combater os radicais livres. Por exemplo, indivíduos que possuem variantes genéticas que reduzem a eficiência da SOD2 e CAT têm sua capacidade antioxidante comprometida, o que faz com que o organismo não responda adequadamente a ação dessas moléculas”, afirma o geneticista.
E a melhor maneira de descobrir como sua genética afeta os telômeros é através do exame para codificação dessas estruturas desenvolvido pela Multigene. “Com o exame genético, conseguimos quantificar o tamanho dos telômeros e os níveis de danos ao DNA. Dessa forma, podemos estimar de maneira precisa a idade biológica do paciente. Se identificarmos que o indivíduo está sofrendo com o encurtamento acelerado dos telômeros, podemos verificar quais os danos que estão causando esse processo, o que nos permite criar intervenções personalizadas para proteger as células e preservar os telômeros, principalmente no que diz respeito à melhora do estilo de vida e da capacidade antioxidante do organismo, com uma alimentação rica em nutrientes protetores das células, por exemplo”, explica o Dr Marcelo Sady. “O exame para codificação dos telômeros é feito por geneticistas experientes de forma simples e segura a partir de uma amostra de sangue, gerando um laudo muito completo com informações essenciais para a elaboração de estratégias eficazes na regularização dos danos do DNA e prevenção do encurtamento dos telômeros”, finaliza.
DR. MARCELO SADY - Pós-doutor em genética com foco em genética toxicológica e humana pela UNESP- Botucatu, o Dr. Marcelo Sady possui mais de 20 anos de experiência na área. Speaker, diretor Geral e Consultor Científico da Multigene, empresa especializada em análise genética e exames de genotipagem, o especialista é professor, orientador e palestrante. Autor de diversos artigos e trabalhos científicos publicados em periódicos especializados, o Dr. Marcelo Sady fez parte do Grupo de Pesquisa Toxigenômica e Nutrigenômica da FMB – Botucatu, além de coordenar e ministrar 19 cursos da Multigene nas áreas de genética toxicológica, genômica, biologia molecular, farmacogenômica e nutrigenômica.