Colaboradores - Rodrigo Pagliani

Polícia Federal prende empresário investigado em esquema de pirâmide no interior de SP

11 de Novembro de 2021

A Polícia Federal, com apoio da Polícia Civil e Ministério Público Estadual de Santa Fé do Sul, em São Paulo, realiza, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Ponzi, que investiga um grande esquema de "Pirâmide Financeira", que pode ter movimentado mais R$ 100 milhões nos últimos quatro anos.

Quatro mandados de prisão (um de prisão preventiva e três temporárias) e 23 mandados de busca e apreensão que foram expedidos pela Justiça Estadual de Santa Fé do Sul (SP) estão sendo cumpridos nas cidades paulistas de Santa Fé do Sul, Santa Clara d’Oeste, Votuporanga, Bebedouro, Araçatuba, Casa Branca, Americana, Santana de Parnaíba e São Paulo.

Durante as investigações, a polícia apurou que, em apenas dois anos, o empresário preso abriu dezenas de empresas e filiais em várias cidades do interior paulista, tendo como fachada a oferta de serviços de créditos de bancos diversos.

Na verdade, toda a estrutura era voltada para convencer poupadores a entregarem suas economias em troca de altas taxas de juros remuneratórios que chegavam até 6% ao mês, pagos com recursos de novos investidores, caracterizando um esquema de “Pirâmide Financeira”.

O empresário investigado como líder de um esquema de “Pirâmide Financeira” e o diretor geral do grupo investigado, foram presos na saída de uma casa de shows em São Paulo, nesta manhã, por policiais federais à paisana e foram conduzidos até a sede da PF em Jales para serem ouvidos pela autoridade policial. Os outros presos são a ex-esposa do empresário e a diretora financeira do grupo.

A PF também localizou uma mansão, chácaras e um terreno às margens do Rio Paraná, além de vários carros de luxo e uma aeronave que serão apreendidos. Três embarcações de grande porte também foram apreendidas com o apoio de equipes da Polícia Militar Ambiental de Fernandópolis.

Os presos serão indiciados, na medida de sua culpabilidade, nos crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, estelionato, crime contra a economia popular e organização criminosa, com as penas máximas somadas de até 24 anos de reclusão.

O nome da operação foi utilizado em alusão ao esquema Ponzi, uma operação fraudulenta e sofisticada de investimento do tipo esquema em pirâmide que envolve a promessa de pagamento de rendimentos altos aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente.

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