O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (26) em audiência virtual com senadores que está preocupado com o atraso na entrega de doses da CoronaVac, feita pelo instituto Butantan. A demora, segundo ele, está afetando a segunda aplicação em pessoas que já foram vacinadas.
Queiroga afirma que após a liberação das segundas doses para apressar a fila de vacinações do país, em março, inúmeros municípios acabaram chegando na data estabelecida para a segunda imunização contra a covid-19 sem ter as vacinas do Butantan.
"Tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Se os senhores se lembram, há cerca de um mês se liberou as segundas doses para que se aplicassem [na primeira dose de outras pessoas da fila] e, agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa segunda dose", explicou o ministro.
Até o dia 21 de março, Estados e municípios tinham como orientação do Ministério da Saúde estocar as segundas doses da CoronaVac. A partir de então, foi pedido que eles abrissem mão do armazenamento em função da chegada, considerada certa, de novos imunizantes na campana nacional contra a covid-19.
Queiroga citou o caso de João Pessoa, na Paraíba, seu Estado natal, no qual, por falta de frascos do imunizante, algumas pessoas que tomaram a primeira dose entraram na Justiça para conseguir a segunda. "A judicialização certamente não é a saída", comentou o ministro, que afirmou esperar que a entrega de vacinas se regularize nos próximos meses em prol da campanha nacional.