Casamento, aniversário, formatura. Além dos tradicionais eventos onde a presença de um fotógrafo profissional é indispensável, o momento do parto também entrou para a seleção de ocasiões que merecem um registro especial.
Apesar da mudança de comportamento ter efeito no mercado — com o aumento da procura, muitos profissionais estão se especializando na área —, a fotógrafa Claudia Ruiz conta ainda há aqueles que mostram resistência ao contratar um profissional. “Há muitos mitos sobre o nosso trabalho, que giram em torno da falta de conhecimento sobre a forma como atuamos e isso acaba inibindo alguns clientes”, pontua.
A fotógrafa elencou os principais mitos que rondam os clientes que pensam em contratar um profissional para eternizar o nascimento de um filho:
O momento é íntimo demais para ser registrado
Apesar de ser, de fato, um momento íntimo, a fotógrafa aponta que a ocasião diz respeito não apenas ao pais, mas a uma terceira pessoa que está vindo ao mundo: o bebê. “Também é um momento que se relaciona com toda a família. É um evento que precisa ser registrado e considero tão ou mais importante que um casamento. Assim, não serão apenas os que estiveram na sala que terão recordações do momento”, garante.
Fotografia de parto não é bonita
Outro mito é que fotos de parto não podem ser bonitas devido às características inatas do nascimento — sangue, secreções e vérnix. Claudia aponta que essa preocupação pode ser minimizada ao escolher bem o profissional. “O bom fotógrafo terá a sensibilidade de captar os momentos de emoção e os melhores ângulos do parto”.
Ela destaca ainda que os elementos que podem causar estranheza não devem ser manipulados com Photoshop, pois a fotografia de parto é documental (registra a realidade) e qualquer manipulação traz perdas ao valor desse material, que passa a ser algo produzido, explica.
Pode atrapalhar o parto
Assim como todos os que vão estar presentes na sala de parto, o fotógrafo é orientado sobre como se portar durante o procedimento — seja natural ou cirúrgico. “O profissional não pode interferir e deve ser praticamente invisível. Além disso, ele não é um intruso e sim parte da equipe, assim como o obstetra, anestesista, pediatra, enfermeira e instrumentador. Cada um fazendo o seu trabalho”, diz.