Os Millennials já compõem mais da metade da força de trabalho, tornando-se maioria dentro das empresas. E, por representarem uma geração que amadureceu junto ao ambiente digital, é óbvio que eles possuem visões e operam de forma diferente se comparados aos seus colegas mais velhos. Diante disso, os ambientes corporativos buscam adaptar sua cultura a fim de adquirir maior vantagem competitiva.
Para Saulo, CEO da Camelo Digital: “Empresas de todos os tamanhos devem estar atentas sobre o impacto dessa nova classe trabalhadora, que possui de 23 a 38 anos. Então para manter-se à frente de seus concorrentes, é necessário focar em criar espaços que atendam aos desejos e necessidades dessa geração. Ou seja, buscam mais produtividade e eficiência, por meio da conectividade e flexibilidade.”
Só que transformar o espaço de trabalho não significa apenas inovar ou trazer novidades. Muitas vezes, o surgimento de tendências distorcem o que os millenials realmente desejam ou necessitam.
Apesar de locais de descanso, recreação e happy hours serem agradáveis, não é isso que manterá seus funcionários motivados. Vantagens como essa até costumam trazer um impacto positivo no começo, mas não vai manter o colaborador por muito tempo.
O fato principal esperado, não apenas pelos millennials, mas por todos que vivem essa era digital, é uma cultura aplicada no local de trabalho. Isto é, as pessoas querem trabalhar em um ambiente positivo, onde há cooperação e tolerância. Isso, muito mais do que uma mesa de ping pong, mantém seus funcionários satisfeitos e produtivos. Até por esse motivo, “vestir a camisa” não é algo do passado
Mesmo inseridos em um cenário em que se tem tudo de maneira fácil, a mudança constante de emprego não é uma verdade absoluta para os millennials. Na pesquisa “Millennials: Mitos e Verdades”, feito pela CBRE, foram consultadas mais de 13.000 pessoas que compõem essa geração. Entre eles, 62% prefere mudar de trabalho com a menor frequência possível.
Em outras palavras, a longevidade no ambiente de trabalho atrai a todos. Se os funcionários, independentemente da idade, estiverem em um emprego que os desafie, ofereçam desenvolvimento profissional e ofereçam habilidades avançadas, é mais provável que eles permaneçam por mais tempo. Além disso, compensar adequadamente seus colaboradores, também é outra maneira de manter os melhores talentos da nova geração.
Enfim, ao contrário do que muitos pensam, alguns desejos atuais são muito mais parecidos com os das gerações passadas. Entretanto, é um equívoco afirmar que nada ou pouca coisa mudou. Hoje os funcionários prezam, além do salário, prezam por qualidade de vida, a qual pode ser proporcionada, tanto local quanto pela flexibilidade.
A transformação digital, não impactou apenas nos aspectos sociais, mas também de trabalho. Muitas funções podem ser assumidas simplesmente com um computador e acesso a internet. Nesse sentido, o home office deve ser considerado entre empregadores.
Fora a possibilidade de trabalhar de casa, fazer seu próprio horário dentro da empresa deve ser um assunto a ser discutido. Optar por uma cultura de horários flexíveis pode contribuir para a satisfação e produtividade dos funcionários.
A Camelo Digital, por exemplo, é uma agência de marketing digital que vem implementando esse modelo de negócio. Isto é, com o intuito de estimular a criatividade dos funcionários, já adota essa liberdade há algum tempo.
A agência, com essa filosofia, conseguiu aumentar a performance e criatividade de seus especialistas, tornando-se, portanto, referência no mercado. Consequentemente, hoje, devido a um ambiente de trabalho leve e agradável, ela pode ostentar prêmios e reconhecimento entre os clientes.
Por outro lado, dada a satisfação dos millenials com esses ambientes, corporações de todos os tamanhos também estão, mesmo que aos poucos, flexibilizando antigos costumes.
Sintetizando, é inegável que a maneira de trabalhar mudou, e o ambiente de trabalho consequentemente sentiu esse impacto. Afinal, estamos falando de uma sociedade mais impaciente, pois vive em uma era digital que promove facilidades, gratificação instantânea e, por isso, liquidez, tanto nas relações de consumo quanto nas sociais.
Diante disso, adaptar o ambiente de trabalho a essa nova realidade é fundamental, porém também é preciso tomar cuidado. Fortificar relacionamentos, inclusive no trabalho, é um processo de paciência. Nesse sentido, a realização profissional não está na tecnologia, tão pouco no lazer, mas em encontrar um equilíbrio disso com o que realmente importa - as relações interpessoais.