Ano de 2018 tem sido especial, talvez o termo seja intenso, muito intenso.
Mesmo a parceria com o Centro Paula Souza (que administra ETEC e FATEC) ter começado com atraso, dado alguns trâmites burocráticos e a necessidade de publicação no Diário Oficial, lá se vão três meses de parceria, cerca de dez ETEC´s atendidas em dez diferentes cidades e mais de 16 mil km percorridos, sendo 7 mil e poucos Kms com a Yamaha ST 1200DX e a pouco, completados mais de 9 mil km com a Yamaha MT-09 Tracer, mais importante que os kms percorridos, a quantidade de alunos na faixa etária de 14 à 30 anos atendidos, que já ultrapassa pouco mais de 8 mil alunos e o feedback positivo que rendeu a prorrogação da parceria (terminaria em dezembro de 2018) por mais dois anos. Missão: quase 300 cidades e 270 mil alunos, além da Universidade Federal de Rondônia. click aqui
Entre um evento e outro, ministrando um curso de pilotagem e outro em parceria com a Ecovias e atendimentos em empresas onde o Projeto Motociclismo com Segurança começou há seis anos, é possível tirar um domingo para fazer um track day com clínica pessoal do piloto e amigo Rafael Paschoalin, a convite da Yamaha.
Já fiz vários track´s day´s, alguns cursos de pilotagem, mas nunca uma clínica com atendimento pessoal, algo VIP.
Nas palestras bato muito na tecla que quem deseja correr, liberar os cavalos da sua motocicleta, o ideal é procurar por um evento com local controlado, que lhe ofereça maior segurança e um profissional que entenda do assunto e atenda suas necessidades para aprimoramento pessoal. Afinal, nunca sabemos tudo, estamos aprendendo todos os dias.
Explico: pilotar na rua, no ambiente urbano ou rodoviário é completamente diferente do ambiente em autódromo. Se no ambiente urbano você precisa ter uma postura preventiva, administrar possíveis riscos com outros veículos, animais e pedestres, cumprir as regras da legislação, usar os retrovisores, sinalizar mudança de faixa, atentar para o limite de velocidade; no autódromo a regra é outra, você vai pendular, trabalhar mais o corpo, não usar retrovisor e vai até onde é possível em velocidade, atentando para não passar reto na curva, dentre muitas outras questões que deixo para o Paschoalin te orientar pessoalmente.
Lugar de correr é no autódromo, local controlado para tal prática. André Garcia na MT-07
Foto: Gustavo EpifânioRafael Paschoalin #113 é paulista, já atuou como jornalista na imprensa especializada e daí nossa amizade, hoje é piloto de estrada ou “road racer”, foi o primeiro brasileiro a correr o TT Ilha de Man e já correu North West 200, Macau, Pikes Peak (perdeu por um pelo em 2017, ficando em 2º lugar) e participando de provas de Flat Track nos EUA, que vem introduzindo a modalidade no Brasil, ao menos, na minha modesta opinião é o cara que trouxe a modalidade ao país enquanto outros pegaram carona. Click aqui
A clínica se deu dentro do track day organizado pelo PKM Pneus no autódromo de Capuava, coincidentemente o mesmo que mencionei na matéria “Polêmica e Insegurança na Motovelocidade Brasileira” - click para ler, que é um dos poucos a fazer uso do importante dispositivo de segurança “Airfence” em Interlagos. Importante mencionar que só nos conhecemos (Joana, Pokemon e eu) nesse dia 29 de julho, por conta da repercussão da matéria.
Vale nota que durante o evento, um engraçadinho insistia em empinar a moto colocando outros em risco, foi avisado e em determinado momento, a Joana parou a bateria e o piloto foi pra fora. As pessoas precisam entender que para algumas coisas na vida, não existe meio termo: não existe meio honesto, meio seguro. É ou não é!
Além da clínica VIP com o Paschoalin, tive o privilégio de pilotar três diferentes máquinas da família MT ou Master of torque da Yamaha: MT-03, MT-07 e MT-09.
O bacana de pilotar essas motos em um autódromo é a felicidade de extrair tudo que você não pode em ambiente urbano, mas você sabe que está ali se precisar.
Ainda de MT-07, versatilidade do modelo é o ponto algo de produto
Foto: Gustavo EpifânioA MT-07 é sempre uma delícia, tem ciclística impecável, não consigo imaginar mais argumentos e adjetivos do que já pude falar dela em outros duas matérias de avaliação clicando aqui e em mais de 2 mil km´s clicando aqui. A maneira que ela despeja o torque e depois a potência é difícil descrever, como sempre digo: tem que pilotar.
A caçula MT-03, se no uso urbano e rodoviário sobra, no autódromo ela mostra outras peculiaridades que não só presenteia o piloto ou proprietário com uma performance empolgante. Apesar de ser roda presa, foi com ela que consegui obter um mesmo ritmo e ser mais rápido do que com a MT-09 e MT-07. Não é por nada, mas entre o pior tempo com a MT-07, na casa dos 2:11, e o melhor tempo com a MT-03, na casa dos 2:05, estamos falando de 6 segundos. Sendo sincero: por que não? Excelente custo X benefício para o dia a dia e para um track day...acelera e freia muito bem. Se quiser algo com jeito de motovelocidade, tem a sua irmã vestida, digo carenada, R3 que de diferente só a posição de pilotagem e como disse, a roupa. Click aqui para ler avaliação da MT-03 e lançamento clicando aqui.
O grande barato da MT-03 é que ela é excelente para quem está começando e extremamente divertida para quem tem mais experiência. Faço uma afirmação: é a moto ideal para evoluir na pilotagem, mesmo para quem já tem certa experiência.
MT-03 a caçula da família MT é ideal para motociclista evoluir sua pilotagem
Foto: Gustavo EpifânioE a família MT oferece uma grande sacada: evoluiu na caçula de 321cc, você já tem a MT-07 como degrau logo acima e quando você evoluir ainda mais, já tem a MT-09.
MT-09 é um caso à parte. É muita moto que exige muito da pilotagem. Falamos de algo que tem 115 cv, despeja quase 9 kgfm de torque de maneira bruta, no modo de pilotagem “A”, as coisas ficam mais fáceis graças à sua ciclística. Consegui fazer um tempo de 2:08, mas, falta ritmo. Entenda: não consigo fazer 2:08 por duas, três, cinco voltas seguidas. Click aqui para ler avaliação
MT-09 exige muita experiência do piloto
Foto: Gustavo EpifânioMe sinto muito à vontade em afirmar que me diverti com as três, mas com a MT-03, imaginando que pudesse ter só ela e pudesse viver fazendo track day, eu conseguiria fazer 20 voltas na casa dos 2:05 para baixo, enquanto com as outras duas, certamente, haveria uma variação. E é muito simples: não sou um piloto como o Paschoalin que vai lá e crava 1:33 uma depois da outra.
Tenho utilizado no Projeto Motociclismo com Segurança a Yamaha MT-09 Tracer que é um colosso e espero que a Yamaha me deixe um bom tempo com ela, pois sua ciclística, leveza mesmo carregada, é ímpar no mercado. Aliás, muito antes de ser patrocinado pela Yamaha, fiz sua avaliação e está lá para você ler e tirar suas conclusões, click aqui e matéria de turismo de tirar o fôlego click aqui. Dentro do segmento de crossover (posição de big trail, com rodas e pneus esportivos) ganha de braçada da concorrência por ser a mais leve do mercado, ter uma ciclística que propicia grande agilidade no ambiente urbano ou rodoviário, só com piloto, com garupa ou carregada no limite.
Por fim, deixo aqui três recados:
1) quer fazer track day, indico o PKM, click aqui fuja de carniceiro que só quer seu dinheiro e pouco se importa com sua segurança;
2) quer aprimorar a pilotagem e finalmente raspar o joelho no chão, procura o Paschoalin, o cara é um entusiasta, grande profissional. Aliás, como estou na posição de professor de pré-escola e ensino médio de pilotagem, já tenho indicado ele para quem quer algo a mais;
MT-09 TRACER, minha companheira de jornadas diárias por mais segurança viária com motocicleta
Foto: André Garcia3) sendo honesto com sua habilidade e desenvolvimento ao guidão, que tal experimentar a família MT? E se é viajante que tal pensar na Tracer? Uma das coisas que sou muito exigente, além da moto oferecer o melhor em tocada (ciclistica, motor e freios) é a manutenção e tenho arcado com a manutenção da Tracer e por tudo que tenho rodado, não está pesando no bolso.