Segundo a mais recente pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), no ano de 2015 foram realizadas mais de 1 milhão de cirurgias plásticas no Brasil. Com esses números, associados a mais de 1 milhão de procedimentos não cirúrgicos (como aplicação de toxina botulínica e preenchedores cutâneos), nosso país continua no segundo lugar do ranking, superado apenas pelos Estados Unidos. A rinoplastia (cirurgia do nariz) ocupa a sétima posição entre as cirurgias plásticas mais realizadas no país; foram 65 mil procedimentos em 2015.
A rinoplastia pode ser realizada por motivos estéticos (harmonizar o nariz com os traços do rosto), funcionais (quando há alguma alteração na função respiratória nasal), ou pelos dois motivos. Ao realizar a rinoplastia, o cirurgião deve sempre objetivar a manutenção ou melhora da função nasal associada à melhoria dos aspectos estéticos.
Os mais comuns problemas respiratórios são desvio de septo e hipertrofia das conchas nasais. Quando realizada a cirurgia para correção desses problemas, há aumento do fluxo de ar pelas narinas e, consequentemente, melhora do padrão respiratório do nariz. Após o procedimento, os pacientes relatam melhora na sensação constante de nariz entupido e deixam, muitas vezes, de respirar pela boca.
Uma pequena porcentagem dos pacientes pode não ter uma resposta satisfatória diante de algumas condições: características anatômicas desfavoráveis, não diagnóstico prévio de problemas respiratórios, má execução técnica do procedimento ou resposta inesperada do paciente no pós-operatório (particularmente produção excessiva de fibrose).
Ela não é considerada uma cirurgia de risco, desde que realizada pelo cirurgião especialista, em hospitais ou clínicas com estrutura adequadas e o paciente esteja com boas condições de saúde (incluindo exames pré-operatórios normais). É um procedimento de curta duração (cerca de 2 horas) e a alta hospitalar ocorre geralmente no mesmo dia ou no dia seguinte à cirurgia.
A recuperação de uma cirurgia plástica nasal costuma ser tranquila e rápida. Há necessidade de uso de curativo externo por cerca de uma semana, assim como uso de algumas medicações. O paciente pode retornar às suas atividades habituais após um período relativamente curto. A média é de 7 a 14 dias para o retorno ao trabalho e de um mês para realização de exercícios físicos.
Por Dr. Luís Felipe Maatz, Cirurgião Plástico, com especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica