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Protetor solar não faz milagre: use corretamente para proteger sua pele

8 de Maio de 2017
 

Para aproveitar o verão, é preciso alguns cuidados com a pele. Afinal, o protetor solar, usado de forma isolada, não faz milagre. “Ele bloqueia os raios ultravioletas, mas não basta. Algumas pessoas podem fazer o seu uso de forma incorreta e desta forma, não alcançam a proteção adequada”, afirma a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco.

Segundo a especialista, o protetor deve ser aplicado em quantidade generosa, sendo uma colher de sobremesa para cada área do corpo e reaplicado a cada duas horas e sempre que sair do mar ou da piscina, mesmo para os resistentes à água. Já os protetores em spray são ideais, principalmente, para áreas com pelo, como couro cabeludo e pernas de homem, mas, se não forem bem aplicados podem deixar as áreas desprotegidas. Também é importante atentar ao horário de exposição ao sol, que deve ser até às 11h00 e após as 16h00 e 17h00.

Os produtos devem ser adequados ao tipo de pele. Para adolescentes e adultos jovens que costumam ter pele oleosa, o mais indicado é o uso de protetor à base de gel, fluidos ou oil free, que são menos gordurosos e não comedogênicos, que não bloqueiam os poros, evitam a produção de óleo na pele e a formação de acnes. Mulheres na menopausa podem usar em formato de creme, pois a pele é mais seca. Para quem tem melasma (manchas escuras na pele ocasionadas pela exposição solar) ou manchas por alterações hormonais na gravidez ou uso de anticoncepcionais devem usar protetores com fator mais alto, e, se possível, também se proteger com chapéu, boné, óculos.

De acordo com Marcia Grieco, o protetor solar com cor, usado como base para o rosto, protege mais do que os comuns, pois seu pigmento funciona como uma barreira contra os raios solares, além de esconder manchas e imperfeições da pele. Mas, não ache que, por isso, pode usar maquiagem na praia. “Nunca vá para a praia ou piscina com algum tipo de cosmético, seja batom ou perfume, pois pode causar uma reação alérgica”, explica a especialista.

Para crianças de até seis anos, prefira filtros solares em cremes ou em loções com dióxido de titânio, que pode ser usado sem risco de toxicidade. “Também recomendo roupas com FPS 50, que protegem da radiação ultravioleta, sendo necessário apenas aplicar o protetor nas regiões expostas ao sol”, explica. Feitas de tecidos especiais quimicamente tratados com componentes fotoprotetores, as roupas são leves, não incomodam e podem ter alta durabilidade, conforme cuidados indicados por cada fabricante.

“O mais importante para qualquer tipo de protetor solar é estar atento ao rótulo, checar se tem FPS acima de 30 e se possui selo de qualidade atestado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ou pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois significa que foram testados e aprovados para o uso”, alerta a médica.

A especialista ainda afirma que, após o banho, é importante passar hidratante ou óleo corporal à base de ureia e ceramidas, para que o bronzeado fique com uma cor mais bonita e duradoura. Para queimaduras e vermelhidões, são indicados produtos pós-sol, águas termais, cremes calmantes ou chá de camomila frio, que aliviam e refrescam a pele. Em casos mais graves, quando a pessoa sente muitas dores, calafrios, calor excessivo no local ou tem febre e formação de bolhas é preciso procurar um médico, pois é sinal de insolação e queimaduras mais profundas.

 
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