Estar mais bonita(o) e se sentir de bem com a vida depois de corrigir imperfeições que não agradavam. Em muitas situações, a cirurgia plástica é fundamental para o desenvolvimento da autoestima. De tão importante, esse contentamento pessoal é cada vez mais valorizado pelos médicos, pois pessoas mais seguras de si conseguem lidar melhor com uma série de problemas.
Além de possibilitar mudanças físicas, os procedimentos estéticos também provocam alterações positivas de comportamento. O cirurgião plástico Dr. Rodrigo Antoniassi, da Clínica Innove, revela que já teve pacientes com seios pequenos que não tinham vontade de ir para festas, por não se sentirem bem ao usar decotes. Depois do implante de silicone, se tornaram mulheres mais seguras e bem relacionadas.
“Outras sofriam desde a infância por causa das orelhas de abano. Com a correção, através da otoplastia, passaram a prender os cabelos, algo que nunca tinham feito na vida! São coisas simples, que sempre sonharam, mas que nunca tiveram coragem de fazer devido aos seus complexos”, explica o cirurgião plástico.
De acordo com especialistas, a autoestima elevada promove uma espécie de blindagem no cérebro, afastando problemas relacionados à autoimagem, como a depressão, e ajudando até na recuperação de doenças. Por isso, pessoas que recorrem às cirurgias para melhorar a imagem acabam tendo benefícios além da aparência.
Nesse contexto, a situação mais clara envolve as vítimas do câncer de mama. Mulheres que precisam retirar os seios devido à doença têm assegurado por lei a reconstrução do órgão pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa reparação estética tem por objetivo evitar quadros de distanciamento do convívio social e até depressão.
“Ver cada paciente feliz e satisfeito com o resultado da cirurgia é muito gratificante! É a realização do exercício da nossa profissão. São pequenas modificações que trazem grandes mudanças no comportamento e na felicidade das pessoas”, afirma o Dr. Rodrigo Antoniassi.
MELHORA TAMBÉM NA SEXUALIDADE
Algumas pesquisas realizadas nos Estados Unidos comprovam a melhora da autoestima e também da sexualidade em mulheres que aumentaram seus seios. A revista Plastic Surgical Nursing entrevistou 86 mulheres que tinham de 21 a 56 anos. Elas responderam a perguntas sobre o antes e o depois da cirurgia, e questionamentos relativos à autoestima e à sexualidade.
Após o procedimento, a escala de autoestima aumentou de 20,7 para 24,9, sendo 30 o valor máximo. Na escala de funcionalidade sexual, o índice foi de 27,2 para 31,4 (a pontuação máxima é 36). O estudo também constatou que o desejo sexual das entrevistadas teve um crescimento de 78%, e que o nível de satisfação com a relação sexual teve um aumento de 57%.