Pode parecer exagero, mas não é! De acordo com o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, situações do dia a dia, como estresse e ansiedade, aliados à ingestão de certos alimentos e medicamentos, são fatores decisivos para a evolução da gastrite. De acordo com dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia, sete a cada dez brasileiros sofrem com a doença.
Praticamente toda a população possui inflamação na mucosa do estômago, ainda que muitas vezes não apresentem os sintomas. “A partir do momento em que o paciente sente dores e desconforto, significa que essa inflamação evoluiu e, na maioria dos casos, foi desencadeada por eventos externos, podendo ser desde uma crise de estresse até o consumo exagerado de açúcar e gordura”, pontua.
Para o especialista, além de um acompanhamento contínuo para o controle da inflamação, a adoção de um estilo de vida saudável é determinante para evitar quadros de desconforto e dores.
“Observar o que se consome evitando comida muito gordurosa e com açúcar, não ingerir alimentos que provoquem irritação gástrica, como café e refrigerante, são algumas das atitudes que podemos desenvolver sem depender de ações externas”, indica Berger.
O gastroenterologista ressalta ainda que a gastrite pode ser classificada em dois grupos: aguda, geralmente causada por uma inflamação repentina, relacionada a fatores emocionais e má alimentação e uso de certos medicamentos, que pode ser rapidamente tratada com a mudança de hábitos. E a crônica, que costuma estar ligada a fatores constitucionais, hereditários, possui período prolongado da inflamação e necessita de tratamento medicamentoso, além dos cuidados dietéticos e comportamentais.