Saiba mais com a dermatologista Natália Nery
O verão é a época mais divertida do ano: reuniões familiares, férias na praia, atividades ao ar livre e festas na piscina. Mas toda esta exposição solar pode causar estragos na pele. Uma doença muito comum piora durante esta época do ano: o melasma.
Você não está sozinha nesta luta: o melasma afeta aproximadamente de 45 a 50 milhões de mulheres em todo o mundo. De acordo com a Academia Americana de Dermatologia, 90% dos indivíduos com melasma são mulheres entre as idades de 20 a 50 anos de idade. É uma doença de pele extremamente frustrante, que clareia com uso de cremes, filtros solares e tratamentos estéticos, mas pode recorrer com exposição mínima ao Sol.
Mulheres com melasma têm melanócitos “hiperfuncionantes”, ou seja, eles tendem a produzir mais pigmento ou são muito sensíveis a estímulos hormonais como gravidez, uso de anticoncepcional, terapia de reposição hormonal, hipotireoidismo, e principalmente a estímulos físicos, como radiação ultravioleta. Caracteriza-se por manchas marrom-acinzentadas na face, ocorrendo principalmente nas bochechas, nariz, testa e acima do lábio superior. Ele também pode aparecer em outras partes do corpo, como os braços e o pescoço.
O melasma não tem cura, devido à dificuldade em reduzir o pigmento, às questões hormonais, genéticas e à tendência de recorrência. Durante avaliação com seu médico dermatologista, será planejado um tratamento gradual e de longo prazo, começando pelo uso de cremes em casa. Se os resultados não forem bem sucedidos ou se o objetivo forem resultados mais rápidos, procedimentos estéticos realizados em consultório podem ser indicados.
O primeiro passo é um forte compromisso com a proteção solar: use protetores de amplo espectro (FPS no mínimo 50) diariamente, mesmo nos dias nublados. Não esqueça de reaplicá-lo ao longo do dia, de duas em duas horas, em quantidade generosa: uma colher de chá para o rosto e pescoço. Além disso, evite se expor ao Sol entre 10h e 16h. Quando inevitável, complemente a proteção com chapéus de abas largas, óculos escuros e roupas com proteção UV.
Dentre os cosméticos usados em casa, o composto mais comum e eficaz utilizado é a hidroquinona. Outros componentes que têm ação clareadora na pele são a tretinoína, ácido glicólico, arbutin, ácido kójico, vitamina C, ácido ferúlico e ácido azeláico. Em muitos casos, prescrevemos uma formulação contendo a combinação de vários ativos. Medicações orais contendo ácido tranexêmico ou pycnogenol complementam a prescrição.
Os tratamentos estéticos devem ser feitos com cuidado por dermatologistas experientes, pois podem piorar a pigmentação, especialmente em pacientes com fototipos mais altos.
Peelings químicos seriados, microdermoabrasão e microagulhamento são utilizados para remover as camadas superiores que contêm pigmentos e permitem uma melhor penetração de outros compostos na pele. Outras opções são os diversos aparelhos de alta tecnologia existentes no mercado, como luz pulsada, laser fracionado de CO2, Nd:Yag.
O tratamento para melasma é desafiador, mas com persistência, paciência e disciplina, o melasma pode melhorar.