PROCEDIMENTO NÃO INVASIVO PARA TRATAMENTO DE TUMORES ENCEFÁLICOS E MALFORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS
Doenças como um Tumor Cerebral ou uma Malformação Arteriovenosa, exigem muita atenção na hora de decidir a forma de tratamento. Em muitas situações o tratamento neurocirúrgico é resolutivo, mas muitas vezes permanecem resíduos do Tumor, então, indica-se tratamento adjuvante, à Radiocirurgia, visando o controle evolutivo da lesão. Em outras situações, como localização da lesão, idade avançada, presença de outras doenças clínicas associadas, onde contra indica-se o tratamento Neurocirúrgico convencional, nestes casos a Radiocirurgia Estereotáctica, pode ser prescrita por ser um procedimento não invasivo e que é capaz de depositar uma alta dose de radiação ionizante, em uma ou cinco frações, de forma precisa no alvo em questão, evitando a lesão de estruturas normais na proximidade do alvo a ser tratado.
“Juntamente com uma equipe multidisciplinar (Neurocirurgião, Radioterapeuta, Físico-Médico), realizamos uma ressonância nuclear magnética, tomografia de crânio e, quando necessário, angiografia pan-encefálica, para determinar com precisão o alvo a ser tratado”, afirma Dra. Susana Dias Mario, neurocirurgiã especialista em Radiocirurgia Estereotáctica.
O procedimento é indicado para às seguintes lesões:
- Meningeomas;
- Tumores Hipofisarios;
- Craniofaringeomas;
- Schwannomas / Neurinomas do nervo Acústico;
- Metástases Encefálicas;
- Malformações Arteriovenosas Encefálicas;
- Tumores da Pineal
- Glioblastoma Multiforme, entre outros.
“É importante ressaltar que a radiocirurgia não compete com a cirurgia convencional e sim a complementa, sendo que algumas vezes pode ser feita como tratamento único, dependendo do volume, localização e tipo histológico”, explica a especialista. Nos casos em que o volume/localização da lesão tecnicamente impede que se realize dose única, é preferível fazer a radioterapia estereotáctica, que consiste nos mesmos princípios da radiocirurgia, porém realizada em diversas frações diárias, seguindo a padronização internacional de 5 dias consecutivos e pausa de 48 horas ao longo de algumas semanas.
Os efeitos colaterais da radiocirurgia podem ocorrer uma semana após o tratamento, de uma semana a seis meses ou após seis meses, que, pela ordem, são chamadas de agudas, sub-agudas e crônicas. Veja no quadro as complicações de cada caso:
Agudas |
Sub-agudas |
Crônicas |
- Náuseas e vômitos; - Fraqueza; - Crises Epilépticas. |
- Queda de cabelos bem delimitada; - Lesão cutânea; - Alterações radiológicas causadas pela permeabilidade vascular. |
Decorrente da necrose pela radiação, pode ocorrer: - Alterações motoras / sensitivas; - Disfunção de nervos cranianos.
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No caso de complicações Agudas e sub-agudas o tratamento é sintomático. Já nas complicações crônicas, muitas vezes é necessário o emprego de costicosteroides por via oral ou endovenosa.