O avanço das técnicas e das tecnologias utilizadas em diferentes ambientes são agentes de mudança radical na forma de as pessoas utilizarem os espaços e os utensílios. O modo como se faz e se encara os espaços está totalmente ligado às ferramentas que existem para executar as tarefas e interferir no ambiente.
De acordo com a designer e arquiteta Katalin Stammer, supervisora dos cursos de Design de Interiores, Decoração de Ambientes e Design de Jardins do Centro Europeu de Curitiba, essa transformação vivida nos últimos anos pode ser denominada como “desmaterialização do espaço”.
“Já existem estudos dos novos perfis de consumidores que não tem mais necessidade de comprar quantidades de objetos, móveis e equipamentos. Eles centralizam em escolhas de maior qualidade e melhor eficiência. Os adolescentes, por exemplo, têm sido estudados pelo seu comportamento, afinal eles serão os próximos grandes consumidores e mesmo com pouca idade já tem alto poder de decisão nas escolhas das famílias”.
Para a profissional, ao pensar em novas técnicas e tecnologias, o importante é otimizar o tempo. Os tipos de tecnologia que estão surgindo, do smartphone à automação, estão modificando a forma de se usar o ambiente. As fiações estão diminuindo consideravelmente, e muitos equipamentos já acionam mesmo não tendo um fio até a tomada.
“Conciliar muitas funções em um único aparelho faz com que a necessidade de muitos objetos esteja sumindo do cotidiano das pessoas”, comenta Katalin. “Com este cenário, espaços das residências e dos comércios repensam sua rotina, ficando cada vez mais próximos do ‘menos é mais’”, completa.