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| Dr. Pitterson Stochiero |
Carregar bolsas ou mochilas pesadas, sentar ou deitar de forma inadequada, passar horas no computador “escorregando na cadeira”, abaixar para pegar um peso sem flexionar os joelhos corretamente, usar saltos altos por horas ininterruptas. Essa é uma pequena lista diante da série de procedimentos diários que cometemos – sem mesmo perceber - e que afetam de forma negativa a nossa coluna.
As consequências são bem variadas, mas grande parte das pessoas que não se previnem corretamente, passa a vivenciar dores constantes e muitas vezes crônicas ou problemas ainda mais graves como hérnia de disco, desvios na coluna ( lordose, escoliose, cifose) e até perda de movimentos.
Segundo o fisioterapeuta Pitterson Stochiero, diretor do Centro de Medicina Física e Reabilitação Stochiero, é importante que a qualquer sinal de dor, a pessoa esteja atenta e procure orientação profissional, antes que o problema se agrave.
Ele ressalta que milhares de pessoas lotam os consultórios médicos e fisioterapêuticos por conta das dores na coluna vertebral. O motivo de muitas idas e vindas é sempre o mesmo: a busca de uma cura imediata para os sintomas, que podem variar de regiões próximas à coluna ou mesmo irradiar para os membros. “Alguns pacientes, além das dores chegam a sentir parestesia - sensação mais conhecida como formigamento”, explica o fisioterapeuta. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 85% da população sentem dores lombares e nas costas e 65%, dor cervical. O quadro é ainda pior no mercado de trabalho: as dores na coluna são as causas mais citadas em afastamentos e aposentadorias precoces.
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Mais Sintomas e tratamentos
Os sintomas relacionados às disfunções na coluna variam muito. Também é possível ocorrer perda de sensibilidade, perda do controle do esfíncter e até mesmo da força de um membro. O fato é que são muitas as causas desses problemas, assim como as formas de tratamento. Stochiero recomenda: uma equipe multidisciplinar é o caminho mais indicado para um tratamento eficaz.
"Para que a equipe tenha sucesso no tratamento a ser desenvolvido deve ser formada por um fisioterapeuta especializado em coluna vertebral, médicos da especialidade, psicólogos e posteriormente composta pela figura de um educador físico”, acrescenta. Mas você pode se perguntar nesse momento o porquê de tantos profissionais? A resposta é simples. Como existe uma variedade de causas para essas disfunções, a solução muitas vezes está fixada em planos individuais - de acordo com a necessidade de cada um.
“Já ouvi muitos pacientes relatarem queixas de que realizaram o procedimento de bloqueio com inserção de corticóides na coluna, mas os resultados não foram mantidos por muito tempo”, comenta Stochiero. Também são vários os relatos de pessoas que fizeram apenas fisioterapia e as dores continuaram e ainda outros que realizaram cirurgias, mais de uma vez, e mesmo assim nada mudou. “Diante destes diagnósticos é imprescindível um tratamento multidisciplinar, ou seja, a função de cada profissional precisa ser incluída em algum momento do tratamento, para desta forma incorporar todas as necessidades do paciente e gerar resultados duradouros e, em alguns casos, definitivos”, completa.
Stochiero alerta também que as pessoas devem sempre observar se o seu peso corporal está adequado para sua estrutura, bem como manter uma atividade física regular e compatível com seu corpo, entre outros hábitos saudáveis como: dormir na postura decúbito lateral – de lado com travesseiro entre as pernas e outro na cabeça, deixando a coluna alinhada; fugir do estresse, que contribui para a tensão nos músculos e também dos anti-inflamatórios - que só amenizam as dores, mas não as curam, com graves efeitos colaterais.
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A cura pelas cordas vermelhas
O fisioterapeuta Pitterson Stochiero é defensor do método Neurac e garante que a a fisioterapia moderna e de excelência tem sido solução eficaz para diversos problemas na coluna, cefaleia, distúrbios neurológicos e muitos outros - principalmente quando conjugada a áreas multidisciplinares da saúde, visando a reabilitação integral do paciente. O método Neurac, trazido da Noruega, é revolucionário, mas ainda pouco aplicado em clínicas do país, mas segundo Stochiero tem conseguido resultados surpreendentes e eliminado as famosas dores crônicas – que muito diminuem a qualidade de vida das pessoas. A técnica utiliza as famosas cordas vermelhas (Redcord) para suspender os pacientes e forçar movimentos que estimulam a recuperação e reabilitação de forma mais rápida. O Centro de Medicina Física e Reabilitação Stochiero é pioneiro neste tipo de tratamento e o único no interior do Estado de São Paulo.
Desenvolvida por especialistas noruegueses, a ideia básica para o método de exercícios com cordas veio do fazendeiro Kare Mosberg. Ele construiu no celeiro um modelo para alongar sua própria coluna, pois sentia dor lombar após o trabalho. Ao observar que o resultado era positivo no alívio da dor, Kare passou a aplicar a técnica em outras pessoas. A partir de então, o método foi estudado e atualizado por cientistas até ser difundido para o mundo. Assim nasceu o método Neurac e a tecnologia Redcord – tipo de fisioterapia que deixa o paciente parcial ou totalmente suspenso por cordas para forçar movimentos que o ajudarão na recuperação de diversas anomalias musculares.
“O Neurac pretende restaurar a funcionalidade normal através do estímulo de ‘músculos adormecidos’, destaca. O trabalho faz uma integração inteligente entre o cérebro, os receptores e os músculos – daí a potencialidade dos resultados”, informa.
O fisioterapeuta explica que geralmente um grupo muscular deixa de funcionar por estar inativo ou sobrecarregado. Então outro grupo muscular assume a função daquele que parou, causando a dor. Com o Neurac é feito um diagnóstico para que se descubra qual o grupo muscular está inativo, para reativá-lo por meio de exercícios com as cordas, que são acionadas pelo profissional de fisioterapia. O tratamento é eficaz e os resultados são perceptíveis já na primeira sessão.
Um dos casos atendidos na Clínica Stochiero por meio desta técnica foi o da médica dermatologista Tati Rosatelli, que por conta do movimento repetitivo da cabeça que exerce no seu trabalho diário, foi diagnosticada com um desgaste na coluna cervical. O agravante veio com uma dor crônica na região. “Eu já havia parado de fazer atividades físicas, mas logo que comecei a fazer o tratamento e tive um ótimo resultado no controle da dor”. O tratamento oferecido à médica centrou-se estabilização dos músculos e na melhora da mobilidade articular através dos aparelhos da clínica.
