A aparência e a textura são de chocolate. O sabor também é muito parecido. Mas a grande diferença está nos valores nutricionais. A alfarroba vem conquistando paladares exigentes e está presente nos preparos da alta gastronomia, especialmente na que prioriza uma cozinha simples, com alimentos orgânicos e naturais, a chamada gastronomia funcional.
“A alfarroba não possui estimulantes como cafeína e teobromina, que em algumas pessoas desencadeiam a enxaqueca”, diz Reinhard Pfeiffer, chef especializado em gastronomia ovo-lacto-vegetariana do restaurante Expedito, localizado na histórica cidade paranaense da Lapa, a 60 km de Curitiba.
O chamado “chocolate saudável” já era usado pelos egípcios há mais de 5 mil anos. O fruto da alfarrobeira, árvore nativa do mediterrâneo, é uma vagem da qual se extrai a polpa, que é torrada e moída para se obter o pó usado na substituição do cacau.
Pesquisas nutricionais recentes apontam que o cacau em pó possui até 23% de gordura e cerca de 5% de açúcar. Já o percentual de gordura da alfarroba fica em torno de 1%. No entanto, o ingrediente possui um elevado teor de açúcares naturais, que fica entre 38% e 45%.
“No mercado, você encontra a alfarroba em pó, que pode ser utilizada em vários preparos, como substituto do chocolate em pó. Mas na hora de utilizar é preciso fazê-lo com cuidado por ser mais concentrado”, explica o chef do restaurante Expedito. Reinhard Pfeiffer recomenda a utilização da alfarroba em preparos como brigadeiro, bolos, ganaches, mousses, e shakes.