Por Dr. André Araújo
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| Foto: Divulgação |
A grande perda de peso — seja por cirurgia bariátrica, reeducação alimentar ou uso de medicamentos emagrecedores — transforma profundamente o corpo e a percepção de si. Com isso, cresce a procura por cirurgias reparadoras que devolvem contorno, funcionalidade e autoestima. Entre os procedimentos mais realizados estão a abdominoplastia e as cirurgias das mamas, consideradas as principais no pós-emagrecimento. Porém, intervenções nos braços, coxas, costas, glúteos e até na face também fazem parte do processo de reconstrução corporal.
Segundo o Dr. André Araújo, é fundamental compreender que o paciente pós-bariátrico precisa de um olhar diferenciado em relação ao paciente que busca cirurgia estética convencional. A grande perda de peso pode gerar deficiências nutricionais importantes — especialmente de vitaminas do complexo B, vitamina C, ferro, zinco, magnésio e proteínas. A escassez de aporte proteico, bastante comum nesse público, contribui para perda significativa de massa magra, elemento essencial na cicatrização e recuperação. Por isso, o pré-operatório exige investigação rigorosa, exames detalhados e acompanhamento nutricional para garantir segurança e reduzir complicações, como abertura de pontos e dificuldades de cicatrização.
Outro ponto determinante para a segurança e a previsibilidade dos resultados é a estabilização do peso. Após a bariátrica, o paciente precisa atingir o chamado platô verdadeiro — período em que o peso se mantém com variações mínimas. Em técnicas como o bypass, essa estabilidade costuma surgir a partir de um ano; no sleeve, pode demorar um pouco mais. O ideal é que o peso esteja estável entre três e seis meses antes da cirurgia plástica, evitando novas perdas significativas que prejudiquem o resultado final.
Além do aspecto estético, o excesso de pele e as dobras causadas pela flacidez têm impacto direto na saúde e no bem-estar. Escoriações, micoses, atritos constantes, dificuldade de mobilidade, limitações para vestir determinadas roupas e até obstáculos na vida sexual são comuns. Esses desconfortos se somam a um peso emocional expressivo: muitos pacientes deixam de frequentar ambientes sociais, evitam roupas de banho e não se reconhecem plenamente na própria imagem.
As cirurgias pós-bariátrica, portanto, não são apenas procedimentos estéticos — são intervenções que devolvem autonomia, liberdade corporal e qualidade de vida. Para o Dr. André Araújo, reconstruir o contorno corporal é também reconstruir autoestima, identidade e pertencimento.
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Dr. André Araújo – Cirurgião Plástico
Cirurgião Plástico formado pela UFJF, com especialização no Hospital Brigadeiro (SP) e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Atua em cirurgias estéticas, reconstrutoras e pós-bariátricas, com experiência em queimaduras, reconstrução mamária e vivências internacionais. Com abordagem ética e humana, atende na região da Av. Paulista.
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