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Imagine o cenário: um time inteiro de marketing passa meses em uma sala, gasta milhões em pesquisas para criar o nome perfeito para uma marca ou produto e... é sumariamente ignorado pelo público. Mas e se isso for uma coisa boa?
No dia a dia, entre a correria da rotina, é comum que o público acabe criando uma relação de afeto com um determinado produto ou marca. E, quando isso acontece, é ainda mais frequente que essa relação resulte em um apelido ou variação do nome da empresa. Em muitos casos, esse apelido pode ficar ainda mais conhecido do que a empresa em si.
E acredite: quando isso acontece, é uma boa notícia para a empresa!
Um bom exemplo disso é a rede de varejo Magazine Luiza. Muito chamada de "Magalu" pelos clientes, acabou adotando o nome em 2018, quando fez uma reformulação de posicionamento que colocou a marca com uma abordagem mais "pop". Deu resultado: a expectativa é que a empresa fature R$70 bilhões em 2025.
Algo parecido também aconteceu com o WhatsApp. Um dos aplicativos mais populares do Brasil (são 147 milhões de brasileiros no app), o mensageiro é mais conhecido por outro nome no país: o “Zap”. E é fácil entender o porquê.
O nome “WhatsApp” vem da expressão em inglês “What’s up?”, que significa algo como “O que está rolando?”, em tradução livre. A sacada é que a palavra “up” com precedida pelo “What’s” fica com uma sonoridade parecida com “App”, de aplicativo.
No entanto, esse trocadilho faz pouco sentido para o público que não é nativo em inglês, como os brasileiros. Por aqui, o nome que “pegou” mesmo foi o “Zap”, uma espécie de apelido carinhoso.
Algo parecido aconteceu com o Jogo do Tigrinho. Originalmente, o game foi criado com o nome de Fortune Tiger: um slot de 3 linhas e 3 rolos que permite ao jogador fazer uma aposta online. No entanto, o nome original foi deixado em segundo plano por causa do mascote do game: um tigre dourado baseado no horóscopo chinês. O game virou, assim, o “jogo do tigrinho”
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O objetivo central de qualquer estratégia de Branding é criar uma conexão entre marca e consumidor. E quando isso acontece de forma orgânica, é um presente de que a empresa não pode abrir mão.
Um produto, marca ou serviço ser conhecido por um apelido, desde que positivo, é sinal de que o público foi tocado de alguma forma pela empresa. E inteligentes são as companhias que sabem aproveitar esse momento.
Ainda que profissionais de marketing passem horas em reuniões tentando criar um nome chamativo para uma companhia, a verdade é que a marca não é mais o que a empresa diz que é; é o que o público, de forma coletiva e caótica, decide que ela é.
E, como os exemplos acima mostraram, ter esse "apelido" é mais valioso do que parece à primeira vista. Afinal, ele demonstra aceitação cultural e até um certo nível de afeto que muitas empresas só poderiam sonhar em ter.
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