Em menos de uma semana de lançamento, o trabalho com participações de Emicida, Lucy Alves e Johnny Hooker conta com mais de 70 mil plays, só no Spotify
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| Créditos: Cley |
Escute aqui:
https://orcd.co/bixarte-
O tom de voz firme, o sotaque que não deixa dúvidas que ela é paraibana, rap no som e na veia, suas influências que vão do nordeste ao sudeste e muito, muito flow. Essa é a Bixarte, cantora e compositora que lançou seu segundo álbum nomeado “Feitiço” com linhas pesadas acompanhadas de amor, ancestralidade e participações de artistas como Emicida, Lucy Alves, Johnny Hooker, Monna Brutal, Vó Mera, A Fúria Negra e Ayô Tupinambá. Na última quarta (26), o lançamento trouxe o reconhecimento para Bixarte através do Voto de Aplauso da Câmara Municipal de João Pessoa, entregue pela vereadora Jailma Carvalho.
“Foi muito emocionante, porque aqui em João Pessoa é um lugar em que é muito perigoso e violento para pessoas trans, para pessoas como eu, assim, e ser uma travesti negra e ir para a Câmara Municipal, que é majoritariamente uma câmara muito conservadora, receber um voto de aplauso que foi aprovado por todos os vereadores, me deixa muito emocionada. Isso significa que eu furei uma bolha, eu já falei isso anteriormente, mas eu não quero que as pessoas escutem a minha música só por eu ser trans, mas sim porque é uma música que eu estudo, que eu pesquiso, então acho que esse reconhecimento é movido de muito trabalho, de um trabalho coletivo” conta a cantora e compositora.
O álbum “Feitiço” é composto por doze faixas que tem o rap como expoente principal, mas não o único, já que mescla com trap, afrobeat e forró. O trabalho marca um momento de amadurecimento profissional e ao mesmo tempo acolhimento da artista com ela mesma.
“Eu tô muito emocionada, é um momento muito significativo. Significativo para a minha família e para o Movimento Trans da Paraíba, sem dúvida. O disco já conta com 78 mil plays, a gente tá indo para 80 mil plays e sem impulsionamento, tudo orgânico, isso é muito significativo, principalmente para um disco lançado na Paraíba, como pessoas da Paraíba, se não é a realidade da gente e dos artistas aqui na Terra. Então eu acho que é preciso projetar a Paraíba para um cenário nacional.” completa Bixarte.
A partir do instrumento que é o coração pulsante da música afro-latina, o tambor, o álbum “Feitiço” se conecta com cada batida entregando um ritual musical que mexe com o corpo, espiritualidade, memória e território. Não à toa a faixa que abre o trabalho “Não Foi Sorte” tem a participação de Ayô Tupinambá, e é um canto de resistência e gratidão aos Orixás. Afirmando que sua música não pode ser nichada, o single “Tentação” mescla ritmos dançantes que vão até a cumbia.
Junto com a importante cirandeira paraibana, Vó Mera, e do rapper, Emicida, Bixarte reflete na faixa “Exu” cantando com fervor: “Não peço licença, trago o meu recado. Eu venho de longe, construí um legado”. Já em “Máfia” é o trap e ostentação de quem sabe que pode. “Gasolina” vem com a participação de Monna Brutal e é um hit para as noites baladeiras. “Calma, Filha” reforça essa poética afiada, característica da artista. “Ibiza” é um reggaeton com forró com a cantora e atriz, Lucy Alves, que é impossível de ficar parado.
Dando continuidade a parte dançante do álbum, vem a swingueira “Culpa”. E logo em seguida, uma cumbia gostosa de “Como Me Olhas” com participação de Johnny Hooker. “Oceano” é o respiro, a calma e a leveza de quem precisa parar e refletir. A apaixonante “Me Vê” começa com a citação poética nos remetendo à artista que já foi bicampeã do Slam Estadual da Paraíba, a faixa também traz as participações de A Fúria Negra e Mari Santana. Por fim, “Kaô Kabecilê” encerra o álbum com um pop eletrônico pedindo justiça para Xangô.
O ritual de “Feitiço” foi gravado e produzido pela própria Bixarte ao lado de BBS_LAB. Já a produção musical ficou por conta de Big Jesi e a mixagem e masterização são assinadas por Guirraiz. O resultado é um encontro entre ritmos e experiências que atravessam o Brasil em um mesmo movimento.
FICHA TÉCNICA:
“Feitiço”
Bixarte
Artista: Bixarte
Distribuição: Altafonte
Gravado e produzido por: Bixarte e BBS_LAB (João Pessoa – PB)
Produção musical geral: Big Jesi
Co-produção: Bixarte
Mixagem e masterização: Guirraiz
Fotografia: Cley
Design de capa e contracapa: Iordz
Assessoria de Imprensa - Nacional: Karó Comunicação
Assessoria de Imprensa - Paraíba: Gleyce Marques
Participações Especiais:
A Fúria Negra — participação na faixa “Me Vê”
Emicida — participação e co autoria na faixa “Exu”
Lucy Alves — participação e co autoria na faixa “Ibiza”
Monna Brutal — participação e co autoria na faixa “Gasolina”
Vó Mera — participação na faixa “Exu”
Johnny Hooker — participação na faixa “Como Me Olhas”
Ayô Tupinambá — participação na faixa “Não Foi Sorte”
NX — voz de introdução na faixa “Tentação”
Lau Capym & Bonyva — backing vocals na faixa “Tentação”
Mari Santana — flauta transversal na faixa “Me Vê”
Cláudio da Silva Gomes Júnior — guitarra em “Culpa”
Hugo Limeira — guitarra em “Como Me Olhas” e “Kaô Kabecilê”
Créditos por Faixa:
“Exu” — composição e produção: Guirraiz, Bixarte e Emicida / participação: Vó Mera
“Máfia” — composição: Mofo Recordes e Bixarte
“Calma, Filha” — composição: Mofo Recordes e Bixarte
“Ibiza” — composição: Bixarte, Lucy Alves e Big Jesi / participação: Lucy Alves
“Gasolina” — composição: Bixarte, Monna Brutal e Big Jesi / participação: Mona Brutal
“Não Foi Sorte” — composição: Big Jesi e Bixarte / participação: Ayô Tupinambá
“Me Vê” — composição: Big Jesi e Bixarte / participação: A Fúria Negra / flauta: Mari Santana
“Como Me Olhas” — composição: Big Jesi e Bixarte / participação: Johnny Hooker / guitarra: Hugo Limeira
“Kaô Kabecilê” — composição: Big Jesi e Bixarte / guitarra: Hugo Limeira
“Culpa” — composição: Big Jesi e Bixarte / guitarra: Cláudio da Silva Gomes Júnior
“Tentação” — composição: Big Jesi e Bixarte / voz de introdução: NX / backing vocals: Lau Capym & Bonyva
Demais faixas — composição: Big Jesi e Bixarte
