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O Mundo Envelhece: a enfermagem se reinventa para cuidar com técnica e empatia

4 de Novembro de 2025
Dra Rebeca Almeida | Foto: Divulgação

O envelhecimento populacional é uma realidade global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050 o número de pessoas com mais de 60 anos deve ultrapassar os dois bilhões. Essa transformação demográfica traz um desafio urgente: a necessidade de profissionais de enfermagem altamente qualificados, capazes não apenas de dominar técnicas específicas — como curativos complexos e administração segura de medicamentos —, mas também de cultivar competências interpessoais e éticas indispensáveis no cuidado ao idoso.

A enfermeira e pesquisadora Dra Rebeca Aranha Arrais Santos Almeida se destaca nesse cenário por suas contribuições acadêmicas sobre o cuidado ético e humanizado ao idoso. Autora de artigos como “Atenção no cuidado ao idoso: infantilização e desrespeito à autonomia na assistência de enfermagem” e “Gerontologia e a arte do cuidar em enfermagem: revisão integrativa de literatura”, Rebeca discute práticas que, embora bem-intencionadas, podem ferir a dignidade do idoso.

Hoje, o mercado de trabalho de enfermagem internacional mostra alta demanda por profissionais que aliam conhecimento técnico e sensibilidade humana, especialmente em áreas como cuidados paliativos, geriatria e reabilitação.

Hospitais, clínicas, lares de longa permanência e equipes de atenção domiciliar vivem uma crescente escassez de enfermeiros com esse perfil completo. A demanda é por profissionais que consigam avaliar, priorizar e executar cuidados críticos, mas que também sejam capazes de dialogar, ouvir e compreender o idoso e sua família, promovendo confiança, protagonismo nas decisões e melhores desfechos clínicos.

Conhecimentos essenciais para o cuidado de qualidade:

Avaliação e priorização: a capacidade de avaliar o paciente idoso e definir prioridades é fundamental para garantir a segurança e a efetividade do cuidado. O enfermeiro precisa interpretar sinais clínicos, reconhecer riscos e agir com rapidez, sem perder de vista o contexto emocional e familiar do paciente.

Habilidades interpessoais: empatia, paciência e comunicação clara são competências indispensáveis. O enfermeiro atua como elo entre o paciente, a família e a equipe multiprofissional, ajudando o idoso a compreender seu tratamento e estimulando sua participação nas decisões sobre a própria saúde.

Educação e orientação familiar: o papel educativo do enfermeiro é central, especialmente em geriatria. Orientar familiares sobre prevenção de quedas, uso correto de medicamentos e cuidados com a pele, por exemplo, faz parte do processo terapêutico e fortalece a rede de apoio do idoso.

Respeito à autonomia: Pesquisas, como as publicadas por Dra Rebeca Almeida, demonstram que práticas de infantilização — linguagem infantilizada, atitude excessivamente protetora ou que retiram a capacidade de decisão do idoso — comprometem a dignidade e a autoestima do paciente. O enfermeiro moderno deve ser um defensor da autonomia e um promotor da cidadania dentro do ambiente de cuidado.

A trajetória exemplar de Rebeca Almeida

Além de sua contribuição científica, Dra,Rebeca Almeida reúne uma formação sólida e diversificada. Ela concluiu múltiplas certificações avançadas em áreas como cuidados paliativos, reanimação, manejo de cateteres centrais, transporte de pacientes críticos e inserção, manutenção e retirada de cateter central de inserção periférica (PICC). É especialista em gerontologia, mestre em enfermagem e doutora em saúde coletiva, além de ser enfermeira habilitada e registrada no Brasil, Canadá e Estados Unidos, demonstrando uma trajetória de atualização contínua e reconhecimento técnico internacional.

Em suas publicações, Dra.Rebeca ressalta que o enfermeiro precisa ser tanto um profissional técnico eficiente quanto um agente de empatia e escuta ativa. Ela propõe um modelo de cuidado baseado na comunicação clara, no respeito às decisões informadas do idoso e no fortalecimento dos vínculos humanos que constituem sua rede de apoio e sustentam sua qualidade de vida.

O cuidado ao idoso vem ganhando destaque em políticas de saúde de países desenvolvidos e emergentes. Na Europa e no Japão, programas públicos priorizam o envelhecimento ativo, incentivando o cuidado domiciliar e a autonomia. No Canadá e na Suécia, o foco é a individualização do atendimento, com enfermeiros especializados em gerontologia, reabilitação e cuidados paliativos.

No Brasil e em outros países latino-americanos, onde o envelhecimento ocorre de forma acelerada, o interesse por formações em geriatria, cuidados paliativos e atenção domiciliar cresce rapidamente, sinalizando um avanço promissor no enfrentamento da carência de recursos e de profissionais especializados.

Em escala global, a meta não é apenas prolongar a vida, mas garantir qualidade, dignidade e participação ativa na velhice. O enfermeiro capacitado é peça-chave nesse processo — um profissional que une ciência, ética e compromisso com o bem-estar humano em todas as fases.

À medida que o mundo envelhece, cresce a valorização do enfermeiro que combina habilidades técnicas precisas e competências humanas profundas. A trajetória de Rebeca Aranha Arrais Santos Almeida simboliza essa transformação: a união entre conhecimento científico, ética, empatia e atualização constante.

Seja no hospital, no domicílio ou nas políticas públicas, o futuro do cuidado com o idoso depende de profissionais que vejam a saúde não apenas como ausência de doença, mas como expressão de autonomia, respeito e dignidade. E é justamente nesse ponto que o legado de Dra.Rebeca Almeida se torna referência — mostrando que a verdadeira excelência na enfermagem nasce do equilíbrio entre ciência, técnica e humanidade.

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