Veja o que fazer antes de adotar um cão ou um gato e os cuidados necessários com os animais de estimação
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Elis dos Anjos e familia |
Quem já adotou um pet garante: mais do que oferecer um novo lar a um animal em situação de vulnerabilidade, essa escolha pode transformar não apenas o destino do animal, mas também a rotina, o afeto e até a forma como os tutores encaram a vida. O Dia Mundial dos Animais, celebrado neste sábado, 4 de outubro, é uma oportunidade para refletir sobre esse vínculo tão forte, que vai além da companhia entre animais e humanos: é feito de lealdade, amor e histórias de transformação e superação compartilhadas.
Com oito pets adotados, a designer Elis dos Anjos Sousa é exemplo de uma mudança radical, inclusive na carreira profissional, após a chegada e o convívio com os animais. “Eles reprogramaram completamente minha carreira, me ajudaram a encontrar um propósito maior para o meu trabalho. Hoje, tudo que faço tem como objetivo dar visibilidade aos animais, usando o design e a inovação como ferramentas de transformação social", conta Elis, que também refletiu em sua empresa essa mudança: “Tornei meu estúdio remoto, antes mesmo da pandemia, para estar mais perto deles, criei licença parental pet para quem adota na minha empresa, e ajusto minha agenda conforme o estado da Magy (uma das minhas cachorrinhas que recebeu diagnóstico de tumor hepático com metástase). Além disso, redirecionei minha pesquisa para protagonismo feminino e proteção animal, palestrei em diversos eventos e sempre levo essa pauta".
Elis explica que todos os pets foram resgatados das mais diversas situações de vulnerabilidade e que cada um deles tem uma história única de superação que a ensina diariamente: “Minha relação com eles vai muito além de tutora e pets. Eles são minha família, meus professores e, como gosto de brincar, meus sócios nos meus projetos. Cada um deles, com sua personalidade e história, me ensinou lições valiosas que transformaram completamente minha forma de viver e trabalhar".
Quem também teve a vida transformada com a chegada de um pet foi a publicitária Ana Beatriz Cruz. Após adotar Nala, uma cadelinha filhote que havia sido abandonada, ela mudou a forma como enxerga a vida e os animais. “A nossa conexão é tão forte que ela ocupa um espaço único na minha vida, como se fosse parte de mim. O que mudou depois da chegada dela foi uma verdadeira revolução. Com Nala, passei a ser mais espiritualizada, compreendendo que, na verdade, não há diferenças entre humanos e animais. Somos todos seres sencientes, com sentimentos, necessidades e capacidades de dar e receber amor. Ela me ensinou a ver o mundo de outra forma, mais simples e pura. Hoje, com 3 anos, a Nala não é apenas uma parte da minha rotina, ela é parte de quem eu sou agora", conta.
Adoção com responsabilidade: cuidados essenciais com os pets
Histórias como a da Elis e da Ana Beatriz reforçam que a adoção é um gesto de amor capaz de mudar destinos – dos pets e dos humanos. Além disso, de acordo com a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), estudos mostram que a convivência com os animais é capaz de melhorar a autoestima, diminuir problemas cardiovasculares e o stress, aumentar a qualidade de vida de pessoas hipertensas e, principalmente, melhorar a interação social. Os benefícios são mútuos para seres humanos e animais.
Médica-veterinária de Guabi Natural (BRF Pet), Mayara Andrade ressalta que a chegada de um pet é realmente um momento especial na vida de qualquer família, mas lembra que antes de adotar um animal, o tutor deve pensar se consegue atender às necessidades de bem-estar animal, que incluem fatores como um ambiente e dieta adequados, a liberdade deles expressarem seus padrões de comportamento, além dos cuidados com a saúde em geral, entre outros.
"Adotar um animal vai além de oferecer carinho. Segundo a WSAVA (World Small Animal
Caso o tutor tenha dúvidas se está apto para adotar um pet, dentro da plataforma “Um pet é pra sempre” (www.guabinatural.com.br/
“Adotar é ser luz, e quando a gente acende uma luz, essa luz ilumina primeiro a gente, mas é responsabilidade diária. Pesquise, entenda os custos, ensine aos poucos a sua rotina ao animalzinho, eles aprendem. Mas lembre-se que ele também precisa da rotina dele. Animais resgatados podem demorar a confiar, e a paciência também é amor. Trate-os como família, não ‘vigia de quintal’", aconselha Elis.