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Na ultima quarta feira dia 04 de setembro, o idealizador do espetáculo Jô Santana convidou a imprensa para acompanhar a audição para “Fafá de Belém, O Musical”, no Itaú Cultural, onde recebeu a homenageada Fafá de Belém, e as atrizes convidadas Lucinha Lins e Helga Nemeczyk que irão viver no palco a Fafá em respectivas épocas e o diretor e autor Gustavo Gasparani.
Fafá de Belém está muito feliz com a homenagem, segundo ela “É muito emocionante. Às vezes eu não sei direito como descrever toda essa emoção. Acho que no dia da estreia vou ter um chilique, (risos)”.
Foram mais de 600 inscritos sendo 20 só do Pará e 200 selecionados para a final.
O espetáculo estreia no dia 16 de Janeiro 2026 no Teatro Riachuelo no Rio de janeiro, na sequencia seguem em turnê para São Paulo e demais capitais.
Em 2025, Maria de Fátima Palha de Figueiredo, mais conhecida como Fafá de Belém, completa 50 anos de carreira. A cabocla de voz sensual que invadiu a cena musical brasileira em meados dos anos 1970 quebrou padrões de comportamento, trazendo consigo toda a cultura da região Norte do país. Segundo o jornalista Arthur da Távola, foi através da voz da jovem Fafá, pela tela da TV, que ele pôde descobrir o Brasil profundo, amazônico, tão pouco conhecido, até então, pelos brasileiros das grandes capitais. A canção era “Filho da Bahia”, de Walter Queiroz, que fazia parte da trilha sonora da novela Gabriela, da TV Globo. E, assim, com apenas 18 anos, aquela menina que vinha da floresta entrou nas casas de todo o país com o seu sorriso aberto, sua gargalhada inconfundível, suas curvas, seus seios fartos, seu jeito espontâneo e livre de viver.
A partir de 1979, se torna uma porta voz na luta pelos direitos da mulher, cantando músicas com viés mais feminista, como: “Bilhete”, “Sob medida” e “Que me venha esse homem”. Foi a musa da campanha Diretas Já, viajando país afora e reivindicando o direito de os brasileiros votarem para presidente. A canção “Menestrel das Alagoas” virou o hino do movimento e, de fato, Fafá se aproximou mais do povo. Como consequência, passou a gravar um repertório mais popular: “Abandonada” e “Nuvem de lágrimas” – o que resultou em um aumento significativo na vendagem de seus discos. Como se já não bastasse tanta popularidade, a cantora coleciona hits em diversas trilhas de novelas. São mais de 70 canções!
Falar de Fafá é falar do Círio de Nazaré, maior evento religioso do mundo. É misturar a fé católica à fé cabocla. É religião com indigenismo. É cantar para os três papas que visitaram o Brasil e, também, cantar mambos, cúmbias, calipsos e carimbós – ritmos que formaram a sua identidade musical paraense.
E, seguindo o fluxo dos rios, a voz que veio da floresta desaguou em Portugal, onde reina absoluta entre fados e pimbas, tornando-se cidadã portuguesa. Com seu temperamento rasgado e passional, conquistou a comunidade LGBTQIA+, dialogou com as novas gerações e estourou mundialmente com o remix da canção “Emoriô”, feito pela jovem dupla francesa Trinix. A faixa virou hit nas baladas brasileiras e, também, nas pistas da Europa.
Por fim, Fafá de Belém rodou o mundo, mas nunca se desconectou de suas raízes amazônicas. A mestiçagem e a miscigenação de povos, etnias e elementos culturais e religiosos são parte importante de sua obra musical e de sua visão de mundo. Nossa homenageada é embaixadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e da Fundação Amazônia Sustentável, além de ser uma das vozes que fomentou a escolha de Belém para sediar a mais recente edição da COP – Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.
O ESPETÁCULO
Fafá de Belém, o musical utiliza a linguagem do teatro musical para narrar a trajetória de uma das mais importantes cantoras da música brasileira. Iniciaremos nossa jornada pela floresta amazônica, berço e cenário de origem da artista. Através das lendas e mitos dos povos da floresta – indígenas, ribeirinhos, marajoaras, entre outros, contaremos e cantaremos a saga da nossa cabocla Fafá. Ecologia, meio ambiente e MPB são ingredientes que compõem o nosso espetáculo em homenagem ao cinquentenário desta grande cidadã e artista brasileira.
A história será contada em três planos. O primeiro plano se passa no presente, durante a gravação de um documentário em homenagem aos 50 anos de carreira de Fafá de Belém. A partir de suas lembranças, vão surgindo os demais planos. O segundo plano representa a memória da infância, em uma Belém lírica – entre mitos e lendas. No terceiro plano, assistimos à construção da carreira da cantora – de Belém para o mundo. Três atrizes interpretarão a cantora nas fases da infância, juventude e maturidade: Fafá-menina, Fafá-cantora e Fafá de Belém. No início da peça, os planos se estabelecem de forma independente; a partir de determinado momento, eles se atravessam e se completam.
FICHA TÉCNICA:
Direção artística e idealização: Jô Santana
Um espetáculo de Gustavo Gasparani
Texto e roteiro musical: Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche.
Elenco: Lucinha Lins (atriz convidada) , Helga Nemetik e grande elenco
Pesquisa: Rodrigo Faour
Diretora assistente: Iléa Ferraz
Direção musical: Marcelo Alonso Neves
Assistente de direção musical e regente: Glauco Berçot
Coreografia: Renato Vieira
Coreografa assistente: Soraya Bastos
Cenografia: Ronald Teixeira
Assistente de cenografia: Pedro Stamford
Figurinista: Claudio Tovar
Assistente de figurino: Paulo Raika
Visagista: Beto Carramanhos
Desenho de som: Bruno Pinho
Fotos still: Leo Aversa
Design gráfico: DOROTÉIA DESIGN / Adriana Campos / Flávia Pacheco, Pedro Cancelliero e Iara Moraes
Marketing: Edu Campos
Assessoria de imprensa: AMIGOS COMUNICAÇÃO /Mauricio Aires e Rogério Alves
Social media: Stace Mayka
Direção de produção: Carmem Oliveira / Renato Araujo
Produção executiva: Marcela Lima
Assessoria jurídica: FRANCEZ ADVOGADOS – Andrea Francez, Myrna Malanconi e João Pedro Batista
Direção financeira e leis de incentivo: Janaína Reis
Direção técnica: Ricardo Santana
Chef: Osmar Ribeiro
Produção: Charge Produções e Fato Produções