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Foto: Divulgação |
Antes de um medicamento chegar às prateleiras, há um longo percurso científico e regulatório que passa, necessariamente, pelos estudos clínicos. São essas pesquisas, realizadas em diferentes fases e submetidas à revisão criteriosa do FDA (Food and Drug Administration), que definem não apenas se um fármaco será aprovado, mas também qual dose será considerada segura e eficaz para o uso em pacientes.
O caminho começa em estudos in vitro e pré-clínicos, em laboratório, e segue para os ensaios clínicos em humanos. Nas fases I e II, com um número reduzido de participantes, os pesquisadores testam segurança e identificam a faixa de doses possíveis. Já na fase III, milhares de pacientes participam para confirmar eficácia e segurança, consolidando a dose final que será levada ao FDA para análise. Só então, com base em evidências sólidas, a agência reguladora aprova o uso do medicamento.
Nesse processo, há nomes que raramente chegam ao grande público, mas cujo trabalho é essencial para que decisões de impacto global sejam tomadas. Um desses nomes é o de Barbara Lopes Machado, pesquisadora brasileira com 25 anos de experiência em pesquisa clínica.
Barbara atuou em áreas de alta complexidade, como oncologia, cardiologia, neurologia, vacinas e doenças infecciosas, sempre em projetos internacionais de grande porte. Foi responsável por coordenar estudos multicêntricos que alimentaram diretamente registros no FDA e definiram doses hoje utilizadas por pacientes em diferentes partes do mundo.
Mais do que coordenar protocolos, Barbara construiu uma trajetória marcada por rigor científico e liderança. Contribuiu participando de estudos internacionais,permitindo que centros de pesquisa nacionais figurassem entre os maiores recrutadores de pacientes no mundo, que por sua vez, seus investigadores participaram de publicações de referência, como The Lancet Oncology (publicação internacionalmente confiável e uma referência para área da oncologia).
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Foto: Divulgação |
Com seu trabalho, ajudou a estabelecer padrões de qualidade, desenvolver ferramentas de acompanhamento de pacientes e implementar processos globais que asseguram que dados sejam coletados com precisão. Em outras palavras, desempenhou um papel essencial para que medicamentos chegassem ao mercado de forma segura — e que milhões de pessoas tivessem acesso a tratamentos confiáveis.
A trajetória de Barbara é um exemplo do impacto silencioso, mas profundo, dos profissionais de pesquisa clínica: são eles que transformam ciência em cuidado, estatísticas em doses, e estudos em vidas salvas, beneficiando milhões de pacientes em todo o mundo.