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Startup nordestina encurta o caminho até o médico

25 de Agosto de 2025

Algumas iniciativas privadas começam a mostrar que outro modelo é possível acelerar o atendimento médico. A Evogard Saúde, uma empresa do Nordeste de tecnologia voltada para serviços médicos, decidiu atacar o problema pela raiz: o tempo de espera.

Foto: Freepik
 

Com uma proposta simples, mas ousada, a Evogard garante agendamento de consultas em até 20 dias úteis com 23 especialidades médicas, em qualquer região do Brasil. O processo é feito inteiramente pelo WhatsApp, sem burocracia, sem papelada e, o que chama a atenção, sem variação de preço por idade.

Criança ou idoso, capital ou interior — o valor é o mesmo. O cliente informa seu CEP, escolhe a especialidade e a empresa agenda a consulta mais próxima.

Léo Junio, CEO da Evogard, diz que o objetivo é devolver o controle à população: “As pessoas estão cansadas de esperar. Nossa missão é mostrar que é possível ter acesso digno e rápido à saúde, mesmo sem depender dos modelos tradicionais.”

Saúde fora da caixa

A Evogard não se apresenta como substituta do SUS, mas como uma alternativa viável para quem não pode mais esperar. E, convenhamos, a maioria já não pode.

O diferencial está na simplicidade da jornada. Não há necessidade de planos com letras miúdas, carência para marcar consulta, aumento de mensalidade por idade ou complexidade para agendar. O atendimento é rápido, o processo é digital, e o foco está em oferecer solução — não desculpa.

É uma resposta pontual, sim, mas eficiente. Em um país onde o cidadão já não espera soluções do governo, startups como a Evogard começam a ocupar um espaço que deveria ser do Estado: o de cuidar.

O possível futuro da saúde

Não se trata de glamourizar o setor privado, mas de reconhecer que a inovação está acontecendo fora dos gabinetes. A burocracia estatal ainda trava o SUS em processos lentos, enquanto empresas ágeis entendem que a dor do cidadão é urgente.

A pergunta que fica é: se uma empresa consegue garantir uma consulta em menos de 20 dias com tecnologia básica, por que o sistema público, com bilhões em orçamento, não consegue?

Enquanto a fila continua a crescer, iniciativas como a da Evogard mostram que o futuro da saúde pode ser mais acessível, mais humano e menos distante. Só não pode continuar sendo uma promessa.

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