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Créditos: João Liberato | Da esq. para dir.: Jandaraci Ferreira de Araujo, Anna Gabriela Ferreira, Flávia Martins e Patrícia Albuquerque |
Em um movimento que simboliza resistência, inovação e compromisso com a equidade racial e de gênero, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, anuncia a chegada de Flávia Martins à direção executiva. Jornalista, escritora e executiva com quase 30 anos de experiência, Flávia reforça o protagonismo de mulheres negras na alta liderança da instituição – uma diretriz que transforma o Museu não apenas em guardião da memória afro-brasileira, mas também em exemplo de inclusão e diversidade.
“Ter uma equipe liderada por mulheres negras é a reafirmação de um projeto institucional comprometido com a transformação social por meio da cultura”, afirma Flávia Martins.
A nomeação integra um movimento mais amplo da instituição para fortalecer a presença de mulheres negras em posições estratégicas. Atualmente, o Museu conta com lideranças negras no corpo diretivo, nos conselhos fiscal e administrativo e em áreas como comunicação, educação, contratos, RH e produção cultural – mulheres com trajetórias significativas que operam nas diferentes dimensões que fazem o museu acontecer.
Esse grupo de gestoras inclui nomes como Jandaraci Ferreira de Araujo, presidente do Conselho Administrativo e referência em governança e ESG no Brasil; Patrícia Albuquerque, presidente do Conselho Fiscal, com quase três décadas de atuação internacional em finanças e diversidade corporativa; e Anna Gabriela Ferreira, conselheira fiscal com experiência global em ambientes regulatórios complexos. Na gestão executiva e operacional, destacam-se Ana Beatriz do Nascimento (Recursos Humanos), Clara Sitó (Comunicação), Edna Lúcia da Cruz (Contratos), Simeia Araújo (Educação) e Zélia Peixoto (Produção e Programação Cultural), profissionais que unem expertise técnica, compromisso ético e engajamento político com a missão do Museu: preservar, celebrar e difundir a presença negra na formação da identidade nacional.
Com passagens por organizações como o Pacto Global da ONU, AYA Earth Partners, TransUnion e Telefônica, Flávia traz expertise em sustentabilidade, diversidade e inovação. É pós-graduada em Marketing, certificada por Harvard, FGV e IVG, e autora de 12 livros. Em 2021, recebeu o prêmio Ketchum Catalyst por sua liderança transformadora.
“Assumir a direção de um museu que celebra a presença negra no Brasil é também um ato de responsabilidade com o futuro. Nosso compromisso é garantir que essa memória seja viva, acessível e conduzida por um time que retrate tanto a instituição quanto a representatividade do Brasil”, aponta a diretora executiva Flávia Martins.
A iniciativa de dar visibilidade a essas trajetórias reflete a missão contínua do Museu de valorizar a luta, a resistência e as conquistas das mulheres negras, inspiradas em figuras históricas como Tereza de Benguela, líder quilombola e símbolo de resistência.
“Fortalecer a liderança de mulheres negras é uma escolha estratégica e coerente com o legado do Museu. Representatividade na gestão é essencial para que a cultura afro-brasileira seja preservada com autenticidade e visão de futuro”, afirma Jandaraci Araújo, presidente do Conselho Administrativo do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo.
Com isso, o Museu reafirma seu compromisso com uma gestão diversa, inclusiva e coerente com sua missão, evidenciando que a representatividade negra está no centro de suas decisões estratégicas e da condução institucional.